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2006-05-26

 

Fim das taxas dos contadores domésticos

Acabar com a taxa de aluguer do contador só peca por tardio. É medida justa assente em princípios de tratamento sãos e iguais para estas situações.

Como diz a DECO, o contador não é mais do que um taxímetro, pelo que não faz sentido um cliente pagá-lo (ninguém paga o taxímetro (?)). É, na realidade, um aparelho de medida para quantificar o serviço prestado ao consumidor/utilizador.

Realçados os princípios, este projecto de lei que, ainda está muito longe de vir a estar em vigor, (só lá para 2007 devido aos demasiados trâmites a preencher), merece ser claro, bem definido (a que serviços públicos ou equivalentes se dirige?) para não dar aso a subterfúgios legais. Já se vê pela reacção de várias das empresas visadas que nada tem a ver com elas. Por essas reacções, quase diria que o projecto se destina a um "conjunto vazio".

Mas recuando um pouco, para além da clareza e objectividade, atenção a outros aspectos.

Serão exigidos ou não consumos mínimos? O taxi tem e o taxímetro regista- a chamada bandeirada.

Isto pode ou não funcionar como uma forma encoberta de chegar ao aluguer? E se houver esses mínimos, quem os fixa? As entidades reguladoras dos sectores? O Governo?

Continuo a insistir que estas propostas de aparente benefício para o consumidor deveriam ser minimamente quantificadas. Há reacções contra. Câmaras e empresas.

No caso das Câmaras é interessantíssimo. Vêm exigir transferências do Estado equivalentes às perdas de receitas. Se o governo ceder, vai dar no mesmo, pagamos nós.

É, no mínimo, aberrante este posicionamento. Porque nunca pensam as Câmaras em gerir melhor os seus serviços? Esta perda seria certamente recuperável ápenas com mais eficiência.

Comments:
Se o Governo fizer o que as Câmaras querem, estamos conversados.

Vivo em Alfragide e, neste concelho de luxo que é a Amadora paga-se sempre pelo máximo previsto nas leis - IMI por exemplo.

Se não se paga nada para "mudar o nome" nos contratos da EDP, por exemplo, porquê pagar 53 euros aos SMAS, na Amadora?

Já protestei por escrito e até pessoalmente a um administrador dos SMAS(ex-vereador da CMA).
Não pago. A factura continua com o nome de quem me vendeu a casa.
 
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Uma breve anotação de carácter histórico:

Outubro? de 1967, Ginásio do Luso Futebol Clube, Barreiro.
Sérgio Ribeiro falava num colóquio sobre economia e desenvolvimento. A dado passo, como exemplo da tirania hipermercantilista, dá o exemplo dos contadores (água, electricidade, etc) que são os aparelhos de medida das respectivas companhias. Disse qualquer coisa como "Vamos comprar açúcar e pagamos o aluguer da balança".
É confrangedor que tantos anos depois ainda estejamos neste estado.
É um passado (ainda) presente de que, com certeza, não nos orgulhamos nada...
 
Porque é que as telecomunicações ficaram de fora?

José Manuel
 
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