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2006-06-05

 

O PS anda de facto a reduzir a margem de manobra do PSD

... e lá veio o dia do cão. ...

E se reduzir de forma eficaz, ou seja, executando medidas de simplificação, racionalidade e eficiência, muitas delas já anunciadas, não vem daí mal nenhum ao mundo.

Mas é expectável que não se esqueça de que é um governo PS com obrigações de solidariedade social, domínio em que, de certeza, não se cruza com o PSD.

Mas no campo da economia e, exactamente fazendo funcionar o mercado, (que não parece apanágio da direita, embora por alguma timidez da esquerda, o mercado apareça como sua coutada) pode tomar medidas de fundo em que se distinguiria do PSD com grandes ganhos para o todo nacional.

A energia é um caso desses.

Portugal nunca teve uma política energética a sério. Pode defini-la e concretizá-la. Pode nessa política incluir um vector que é determinante para o bolso de todos os portugueses a concorrência no sector. Pode definir novas regras para a construção de edifícios que levem a uma redução e racionalidade de consumo doméstico. Pode iniciar um novo tipo de reordenamento do território que torne menos dispendiosa e menos necessária a utilização dos transportes (o grande "buraco" do nosso consumo energético e de emissão de CO2) . Pode criar mecanismos de incentivo ao uso mais intensivo dos transportes colectivos. Pode pensar numa redução da dependência do petróleo, designadamente pela eficiência nos consumos e diversificação das fontes primárias de energia. Pode até, como dizia Agostinho de Miranda, nos debates que o DN/TSF vem fazendo sobre energia "lançar taxas sobre os lucros das empresas petrolíferas e aproveitar esse dinheiro para investigação".

Se o governo seguir alguns destes caminhos, seriamente e não com refinarias Vascos da Gama, as diferenças entre PS e PSD surgirão e que bem seria para o País. É uma questão de vontade, embora com resultados muito a prazo, pois como se vê, recuperar o que de mal se fez no reordenamento, nestas últimas décadas, não é tarefa fácil ou mudar projectos de construção civil tornando-os mais amigos do ambiente também não.

Comments:
Porque não fomentar a criação de empresas que forneçam água quente solar de forma coletiva a edifícios de apartamentos? Ou seja, que forneçam a água quente da mesma forma que a água fria é fornecida - com contadores, e quem quiser usa e paga a que usa.

Digo isto porqe a solução standard - instalar um coletor solar para cada apartamento - não funciona na situação, vulgar em Portugal, em que muitos apartamentos permanecem desocupados durante grande parte do ano. E em que muitos prédios têm poucos espaços com boa exposição solar.

Enquanto não se avançar para soluções coletivistas/empresariais no domínio da instalação de energia solar, isto pouco avançará.

Luís Lavoura
 
"Mas é expectável que não se esqueça de que é um governo PS com obrigações de solidariedade social, domínio em que, de certeza, não se cruza com o PSD."

É expectável? Solidariedade social? De certeza?

Estaremos já à beira de uma transigência intelectual sem retorno?

Que maneira elusiva de discutir...

Para mim a questão coloca-se cada vez com maior acuidade. Este governo do PS, pragmático e simplex, está a distribuir o empobrecimento de forma expectável?
A resposta, se for sim, só pode agradar a quem está a lucrar com a situação.

O PUXAPALAVRA e seus residentes estão estão ainda muito (demasiado?) crentes na bondade das medidas governamentais.

Um pouco mais de discussão e um pouco menos de profissões de fé, poderiam tornar o blogue menos sensaborão.

Fátima
 
Seja o Puxa "Sensaborão" porque não ataca, de qualquer modo, o governo (este ou outro). Não me parece ser o objectivo do PUXA,atacar por atacar. Discordamos/concordamos das medidas, de orientações, cada um dos residentes à sua maneira e segundo o seu olhar do mundo. Acho que não é mau ter expectativas e observar, no terreno, se vão ou não no caminho que achamos melhor.
No que me toca não alinho em fantasias, ou seja, em defender "sistemas", "situações" no caminho ou à beira da falência ou anti-progresso.
 
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