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2006-06-11

 

Será que nos devemos indignar?

... Não, para quê?

Lembram-se? Em Julho de 2000, duas escolas de Guimarães receberam cerca de 900 atestados médicos para justificar faltas a exames.

Na altura, um escândalo nacional. Hoje uma proeza a registar. Engano absoluto. O país equivocou-se.

Toda aquela gente estava mesmo "muito doente". Dos médicos, o juramento de honra e a absolvição da justiça.

E um dos autores da proeza, médico de profissão, até proferiu para a história da (in)dignidade nacional a seguinte afirmação:

"A decisão é justa, ficou salvaguardada a dignidade dos médicos".

Peça completa. Só falta embrulhar em papel especial e encerrar o acto dizendo: Portugal com esta justiça e estes médicos vai longe.

Correcção a este post. A frase "a decisão é justa...." , acima referida por mim, foi erradamente atribuída a um médico quando o devia ter sido a um advogado de um dos arguidos.


Comments:
eis como duas corporações gordas e anafadas de "direitos" e "prerrogativas" se safaram uma à outra, a bem da Injustiça e da Ilegalidade.

E assim corre o Regabofe ao Estado de Direito!
 
A pressa em opinar é má conselheira. De acordo quanto ao fundo, não posso deixar de chamar-lhe a atenção para o facto de não ter sido nenhum médico a fazer a afirmação que cita. Foi um dos advogados. Não foi nenhum médico.

Rui Esculápio
 
Rui Esculápio obrigado pela correcção. Mas li em alguma imprensa isto.
 
Temos de nos indignar sempre, por vezes o nosso ponto de vista poderá não estar esclarecido mas muito mais importante, é actuar: questionar e votar!
 
O João Abel parece ignorar que, para se condenar alguém no sistema de justiça, tem que haver PROVAS da sua culpabilidade. Não basta a convicção.

Os médicos e alunos de Guimarães foram absolvidos porque não havia PROVAS de que fossem culpados. Não porque alguém acreditasse que eles estão inocentes, mas sim porque não se conseguiu provar a sua culpabilidade.

Assim funciona o sistema de justiça em qualquer país civilizado.

Luís Lavoura
 
O vosso blogue não se distingue por aí além do mau jornalismo. Mesmo depois de ter advertido o autor da prosa, não fizeram nada para emendar a mão. Desculpam-se com uma versão jornalística (sem dizerem qual) e tudo continua na mesma. Não vejo diferença entre mau jornalismo e bloguismo deste tipo.
É lamentável.

Rui Esculápio
 
Meu caro Luis Lavoura

Não ignorei, nem ignoro os princípios de um estado de direito.
Sem dúvida que sem provas não se pode/nem deve condenar ninguém. Só que também a vontade de investigar e de reunir provas faz parte do processo judicial.
 
Meu caro Rui Esculápio

Acho que se precipitou no comentário sobre o Blog.É a minha opinião. Quando muito imputava a apreciação que fez a mim, o autor da incorrecção. O seu a seu dono, embora ache que, em termos de fundo, pouco mude.
 
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