2006-07-05
O nosso serial killer
"É raro surgir em Portugal um ‘serial killer’. Agora suspeita-se que um reformado de (apenas) 53 anos terá matado, num ano, três raparigas de 17 e 18 anos, suas vizinhas desde crianças. O que sabemos do arguido – e presumível inocente – não augurava uma carreira criminosa: serviu como soldado e cabo, na GNR, durante 25 anos e com múltiplos louvores; é católico praticante e venera João Paulo II; foi em peregrinação a Fátima, no preciso mês em que o primeiro homicídio se consumou; foi eleito para uma Assembleia de Freguesia, pelo PSD, poucos dias após a consumação do segundo; é admirador confesso do seu conterrâneo Salazar; pertence a uma casa do Benfica. "
A distância, no espaço ou no tempo, relativisa tudo. O heroísmo ou o mais repugnante dos crimes. Na Austrália, nos EUA ou Rússia, ou então nos antigos tempos das trevas, crimes como este do serial killer de Santa Comba Dão, pouco me impressionariam. Mas aqui tão perto... leva-me a repensar o Homem.
o "nosso" Serial Killer!
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