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2006-07-11

 

É preciso ter lata!

Tendo em conta o momento de prosperidade do país e o fim dos sacrifícios impostos a trabalhadores e classes médias, a Federação Portuguesa de Futebol (com o inefável Madaíl à cabeça) secundada patrioticamente pelo sindicato dos jogadores de futebol, exigem ao Governo que isente de IRS os prémios dos nossos jogadores da bola ganhos no mundial.
Realmente... acho que é o mínimo que se pode exigir.

Comments:
Pois, como eles ganham pouco...
 
Até nem acho mal. Eles fizeram mais em termos de promoção do País que toda a verba promocional gasta num ano.
Não fica mal uma visão mais larga. Até porque os prémios deles face às outras selecções finalistas (todas europeias) são de um montante ridículo.
 
comentários como o do anônimo anterior são de bradar aos céus...
Promoção do país: e todos os trabalhadores do Icep? também não promovem? E são perdoados a dívidas fiscais?
 
O país "promove-se" é com honestidade, com medidas que levem a mais igualdade, e que não protejam quem muito tem, penalisando quase sempre os mais fracos.
 
Deixem-me pensar matematicamente:

23 Jogadores + Equipa tecnica X 21% / 50,000eur = n Massa - cofres do estado (receitas tributárias)

<=> Alguem se ha-de arranjar!

Isto não é lata é LATÃO!!!!
 
Pelos cálculos do netwalker, se os jogadores ficassem isentos, o Estado deixava de receber aí uns 250 000 Euros, equivalente 0,1% da campanha feita para o turismo.

Será que a selecção não tornou o país mais conhecido que 0,1%da promoção do turismo?
Pensar "pequeno" nunca levou a lado nenhum
 
Não deve haver excepções!
Que façam os descontozinhos da ordem tal como as outras classes profissionais.
E se a Federação está tão empenhada em que eles tenham os 50 mil euros líquidos, então que lhe deêm esse montante acrescido de 42%. Certo?
 
o Ministro das Finanças está a pensar pequenino, como a maioria dos comentadores.

Está legislado, pode haver isenção e isso depende de uma análise e visão lata do desmpenhp em termos de País. Não há, é tudo igual. Continuemos pela visão terceito mundista. A Alemanha deu de prémio segundo a imprensa 250 000€. Vejam só.
 
Epa, vocês "os que pensam grande ou normal" é que têm razão!
Amanhã vou trocar o meu clio por um Mercedes, o meu T2+1 por uma vivenda na Quinta do Lago e quando vier de férias(sul de espanha) talvez vá procurar um Emprego!
Esta minha mania de pensar "pequeno" de facto só me tem prejudicado.
Obrigado por me aclararem as ideias.
A Partir de hoje: BIG TIME, I´ll move my way, and I´m making it, BIG TIME (peter gabriel)
 
Eu também considero "um insulto para quem vive do seu salário salários e paga os seus impostos" o facto de a lei dizer:

"Artigo 13º
Delimitação negativa de incidência

5 - O IRS não incide sobre os prémios atribuídos aos praticantes de alta competição, bem como aos respectivos treinadores, por classificações relevantes obtidas em provas desportivas de elevado prestígio e nível competitivo, como tal reconhecidas pelo Ministro das Finanças e pelo membro do Governo que tutela o desporto, nomeadamente jogos olímpicos, campeonatos do mundo ou campeonatos da Europa, nos termos do Decreto-Lei nº 125/95, de 31 de Maio, e da Portaria nº 953/95, de 4 de Agosto."

Culpem os políticos que fizeram a lei, não quem pede que seja cumprida... Convinha também saber se esta portaria foi aplicada no Euro-2004.
A única forma de não a aplicar é o governo dizer esta competição não tinha elevado prestígio, nem a classificação foi relevante. Até agora ainda não fizeram isso, antes pelo contrário. O Silva Pereira até forçou oportunisticamente o aparecimento na "flash interview" depois do jogo com a Inglaterra para debitar algumas banalidades.
No fim o Laurentino Dias vai resolver a situação a contento de todos.

José Manuel
 
Aliás de acordo com este artigo o fundamental é o conceito de "classificação relevante", o que significa que quanto mais relevante for a classificação (no limite é vencer a taça) maiores são os prémios de jogo e consequentemente maiores serão as potenciais isenções.

Os códigos estão cheios de "armadilhas" deste tipo e por isso é que acentuam as distorções do sistema tributário.

José Manuel
 
Concordo com o anónimo anterior. O benefício da visibilidade e boa imagem obtidas para o País são muito importantes para todos nós. E o benefício fiscal só se aplica aos prémios, não aos ordenados correntes dos jogadores, julgo.
 
Tudo bem que os jogadores sejam, tratados como heróis devido ao percurso feito no Mundial.

Mas então também se devem isentar de impostos, os Heróis que apagam fogos neste país, e já agora os médicos que salvam vidas, e se falamos de promoção turistica, vamos isentar também os guias turisticos (mas só os bons!) e porque não os empresários que criam emprego e não fogem ao fisco...

E porque não, com a crise que se vive em Portugal, todos os portugueses que vivem e trabalham e pagam impostos em Portugal são uns grandes Heróis, também estes não devem ser isentos de IRS?
 
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