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2006-08-25

 

Bruscamente, neste Verão! (desenvolvimento)



Carlos Sousa, uma injustiça flagrante.



Dou à estampa, no texto que segue, a resposta a um dos comentários ao poste anterior acerca da renúncia de mandato de Carlos Sousa. Agradeço, uma vez mais, ao meu amigo Inácio Videira a disponibilidade para esta troca de impressões.


« (...) Não me pronuncio (e não me pronunciei), em substância, sobre a gestão autárquica de Setúbal. Disso saberás tu melhor que eu. Apesar de achar que adoptaste uma perspectiva demasiado “fechada” para contrastar o que se tem passado (nos últimos cinco anos) com as gestões anteriores (designadamente a de Mata Cáceres), reconheço que saberás melhor do que eu o que se passa em Setúbal.

No meu bilhete postal sob forma de post , exprimo, afinal, três opiniões muito simples:

1) Que os balanços de mandato não são feitos a dez meses de vista;
2) Que a legitimidade eleitoral é neste caso vista de forma enviesada;
3) Que Carlos Sousa, à frente da Câmara de Palmela, se tornou numa referência histórica incontornável para quem quiser estudar ou desenvolver a experiência da gestão municipal participada.

Essa experiência tem limitações que ele próprio reconheceu publicamente. Estou a recordar-me de um debate em Lisboa, no qual tb participaste e intervieste.
O que eu sublinho, a este respeito, é que o lastro conservador que domina o estilo e a estratégia dos autarcas portugueses (incluindo os do PCP/CDU) não permitiu que experiências similares, e que quem, a seu tempo, o fizer, não fará mais que arrombar portas abertas.

Não quero exagerar as qualidades do ex-Presidente da Câmara de Setúbal. Na hora própria, lamentei o modo como a força política a que pertence o tratou e, por cima dos considerandos ideológicos e partidários, enviei-lhe um abraço, desejando-lhe boa sorte no primeiro dia do resto das nossas vidas.

Como muito bem sabemos, a política é importante, sem dúvida, mas não é tudo!»

Comments:
Tenho lido coisas de espantar acerca de Carlos Sousa. Uns dizem que o seu afastamento resulta de uma jogada sinistra urdida por Odete Santos e e pelo ex-lobby da minhoca, devidamente escorados pelo actual secretariado do PCP; outros sustentam que o homem nunca fez nada de bom (nem sequer é culto)e foi copiar tudo a PortoAlegre; outros, ainda, insinuam que se trataria de uma manobra de antecipação em face processo das reformas compulsivas que o IGAT terá apresentado, há dias, ao MP.
Quando cai tanta coisa ao mesmo tempo em cima de um homem só, trata-se com certeza de algo mais...
Se o autor do poste contasse algo mais (do que julgo que sabe) em vez de se remeter ao melodramatismo de "um abraço" e "boa sorte", daria certamente uma contribuição mais interessante...

Luis Narana
 
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