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2006-08-09

 

A Desumanização da Política (4)




Orçamentalite Generalis


O Ministro da Saúde veio dizer-nos, em entrevista ao PÚBLICO (de hoje, na pág. 8, e chamada na capa) que a prioridade das prioridades do seu ministério é a de

(…) a saúde contribuir positivamente para o equilíbrio das contas públicas.

Como se vê, a vida que resta para lá do orçamento continua a ser escassa. Entende-se que a racionalização dos meios e a melhor gestão dos recursos constituam uma preocupação permanente de todos os ministérios e organismos do Estado, mas promover a prioridade das prioridades um objectivo genérico e abstracto como o do cumprimento orçamental, mostra o caminho que a ressuscitada obsessão contabilística retomou dos governos anteriores.

Melhorar a cobertura e a eficácia dos cuidados de saúde? Não. As políticas públicas do Ministério de Saúde estão reféns de uma visão petrificada das verbas orçamentais. E o que mais parece interessar ao Governo não corresponde, uma vez mais, ao que os portugueses parecem esperar das políticas para a Saúde.

Se as políticas públicas para a Saúde não encontrarem, bem depressa, um objectivo superior mais útil, específico e coerente, é a própria política, assim adoecida pela irrelevância a que está a ser votada, que entrará em coma profundo.

Comments:
Olá Manuel
O problema que levantas aqui é um dos mais sérios da política actual. Contraditóriamente a política perdeu muito do controlo que tinha sobre a economia e tornou as finanças públicas e o orçamento o centro da acção.
Do meu ponto de vista há que voltar a por o Homem no centro dos interesses da política, mas para isso há que assegurar os meios e, do meu ponto de vista, os programas alternativos (tipo extrema esquerda) não são convincentes na explicação de como vão ser financiados.
 
Ei Pedro, envia mais imagens da Cidade Relampago e esquece a extrema esquerda que deve ser tão má como a Extrema Skin Direita!
Extremos só o Rooney e pouco mais!
 
Esperemos que a saúde tome um rumo que vá de encontro às necessidades humanas porque é para isso que ela deve ser direccionada e não para servir o orçamento de estado.
 
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