2006-08-17
A guerra das "boas acções" (1)
Dan Halutz a pensar nas suas "boas acções"
A poeira da Guerra do Líbano mal começa a assentar. Surgem explicações (esperadas) e, em boa parte, documentadas, para a rapidez com que Israel decidiu partir para mais uma campanha em grande escala, a pretexto da captura de dois dos seus soldados pelo Hezbollah, enquanto os EUA, o Reino Unido e mais uns quantos, davam tempo ao tempo, compreensivos e pacientes.
Seymour Hersh, escreve na New Yorker, uma peça intitulada “Watching Lebanon”. (Ler aqui). Sustenta o óbvio. O plano de contingência existia há muito e era do conhecimento de Washington. Bater o Hezbollah no Líbano poderia ser o ensaio geral para uma guerra contra o Irão.
Até aqui, nada de novo.
Hersh protege as suas fontes. Apesar da congruência das suas hipóteses explicativas, nada do que adianta foi (ainda) oficialmente confirmado.
A primeira confirmação de peso chegou, inopinadamente, de Israel.
O general chefe das Forças de Defesa de Israel, Dan Halutz, vendeu a sua carteira de acções na véspera do começo da guerra. (Ver notícia do Ha'aretz aqui).
Quando reuniu o gabinete de crise, Dan Halutz soube que a guerra ia começar e que as suas acções se iam desvalorizar.
É sempre assim. Ao desencadear-se uma guerra, deixa de haver lugar para “boas acções”.
Comments:
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Aqui está um post oportuno. Parabéns. É também uma forma de me "parabenizar" a mim (palavra incrível mas que se passeia ufana pelos Brasis)pois era minha intensão referir o caso. Mas tenho andado com gripe no computador. Fui ao técnico para umas aspirinas saí de lá com menos 300 euros e um transplante do coração, outro do fígado e mais umas miudezas. Depois disto as coisas por cá não me parecem muito melhores que no Lìbano.
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Mui sensibilizado pela atenção. Obrigado.
Reparei, tb, que os soldados israelitas com que ilustraste o teu poste "A guerra que todos derrotou (4)" te tapam o texto, de vez em quando, numa clara ofensiva censória.
Boas melhoras para a gripe (do computador) e coração ao largo. Não serão uns quantos euros que calarão as vozes independentes do PUXA.
Viva a República!
Um abraço
Mui sensibilizado pela atenção. Obrigado.
Reparei, tb, que os soldados israelitas com que ilustraste o teu poste "A guerra que todos derrotou (4)" te tapam o texto, de vez em quando, numa clara ofensiva censória.
Boas melhoras para a gripe (do computador) e coração ao largo. Não serão uns quantos euros que calarão as vozes independentes do PUXA.
Viva a República!
Um abraço
Obrigado pela informação "israelita". Realmente como a foto é grande (como a guerra) acontece que de acordo com as resoluções (dos computadores,que não da ONU) os soldados comem-me a prosa. Mas eu vou já pô-los na ordem. Assim os libaneses tivessem o meu poder!
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