2006-08-15
A guerra que a todos derrotou (4)
Todos foram derrotados. O Líbano. Os libaneses. Israel. Os israelitas. Só não foi derrotado quem era suposto ser derrotado, o Hezebollah.
O Exército israelita regressa a casa. Sem glória. Pela primeira vez não derrotou o inimigo. Dá que pensar. Seria mesmo uma boa oportunidade para pensar. Na única solução. Agir para que os povos muçulmanos derrotem o fundamentalismo teocrático e o terrorismo. Para isso, não sendo suficiente, é indispensável alguma justiça e a prevalência do direito internacional. Regresso de Israel às fronteiras de 1967. Criação do Estado Palestino nas fronteiras que lhe estavam destinadas. Garantias efectivas internacionais de defesa e segurança aos dois Estados. Fim da guerra do Iraque. O que poria do mesmo lado quase todo o mundo. Dos EUA à Rússia da UE à China. Além dos países muçulmanos moderados. Até a curto prazo, estou certo, o Irão. Com o regresso dos moderados que a política norte-americana derrotou.
Nada mais contribui para o alastramento do fundamentalismo religioso e cultural islâmico ( e alimenta o terrorismo) do que a política do "Ocidente". Leia-se norte-americana. Tudo isto aguarda o render da guarda do fundamentalismo cristão evangélico e episcopal (leia-se Administração W. Bush) na capital do império. Em Washington.
Comments:
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O único não derrotado concordo. foi o Hezbollah. E ficou com um trunfo. Os dois soldados israelitas para a troca com prisioneiros. Mas o Ocidente insiste no desarmamento do Hezbollah. É um erro. Não está aí o fundamental. O Fundamental está em manter a paz e negociar a constituição do Estado palestino e as fronteiras de toda esta zona.
Além disso o Hezbollah vai ser o primeiro a ajudar na reconstrução do Líbano e a ficar ainda mais engradecido aos olhos dos libaneses, mesmo daqueles que antes da guerra não estavam do seu lado.
É uma pena o Ocidente não ver mais longe e embarcar em canoas furadas!
Concordo com o comentário anterior.
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É uma pena o Ocidente não ver mais longe e embarcar em canoas furadas!
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