.comment-link {margin-left:.6em;}

2006-08-15

 

Terrorismo policial

"Um dos polícias britânicos que disparou à queima roupa e matou em Londres o brasileiro Jean Charles de Menezes, confundindo-o com um eventual terrorista, vai treinar novos recrutas armados que terão de vigiar voos para os Estados Unidos," noticiou - segundo o Público de hoje - o Daily Mirror de ontem.
Como se veio a saber, não pela polícia inglesa que tudo encobriu mas pelas denúncias de testemunhas indignadas, o brasileiro não só não desobedeceu a nenhuma ordem de parar (que o jornal continua a repetir) como não vestia qualquer samarra, insólita para a época, a esconder engenhos suspeitos. Pelo contrário tinha as característas e o comportamento normal de cidadão que se apressa a apanhar o Metro. Sentado e quieto no seu lugar foi morto à queima roupa, sem a menor interpelação, sem nenhuma razão plausível, sem o menor profissionalismo policial.
Os tiros e o assassínio do "terrorista" caíram muito bem, naquele momento de encenada histeria, a quem está por tudo quando se invoca, com ou sem razão, o perigo do terrorismo. Para mais um estrangeiro do Sul.
A polícia londrina provou que se não era capaz de impedir acções terroristas como as de Londres era capaz de se vingar em qualquer pacífico e desarmado cidadão quando bem lhe parecesse.
Agora na senda da onda securitária a todo o transe promoveu o perigoso polícia (ou assassino?)do gatilho fácil a instrutor de "novos recrutas armados".
Feito o computo glogal, Al Khaeda, Hamas, Hezebollah, Bush, Iraque, Israel (o do terrorismo de Estado na Palestina e no Líbano) - são mais as vítimas da cura que da doença.

Comments:
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
 
O sentido do comentário removido é o seguinte: Fiquei algo perplexo com toda a "encenação" recente em Londres sobre o hipotético atentado. Não terá sido mais uma actuação para dissimular algo ou projectar "eficácia" para o exterior?.
 
Tem graça! Eu pensei o mesmo, mas ainda pus a hipótese também de ser uma manobra de diversão (divertimento) dos ditos terroristas!
 
Confesso que me passou pela cabeça a mesma coisa que refere João Abel de Freitas. Mas ainda não tinha dito nada com todo o alvoroço securitário que por aí anda. Quanto ao post de Raimundo Narciso, tem toda a razão. Sempre me chocou o assassínio do brasileiro em Londres. A muitos londrinos também mas parece que não às autoridades britânicas. E eu que nem nunca achei que ele se parecesse fisicamente com um "médio-oriental" ou paquistanês. Se basta ser do Sul estamos em maus lençóis.Sofia
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?