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2006-09-17

 

Ainda o acordo da Justiça

Finalmente acho que consegui compreender a questão do pacto.
Ela é explicada no parágrafo final da crónica de Filipe Luís na visão desta semana.
Como não está online passo a transcrever:

"Ao contrário do que disse (José Sócrates), este acordo não lhe foi útil por lhe dar a possibilidade de cumprir o programa do Governo. Com maioria parlamentar o programa seria sempre cumprido. Foi-lhe útil por lhe ter dado uma imagem dialogante, de que começava a precisar."

Conclui-se assim que o acordo foi uma operação de marketing.
Nesse caso a não inclusão dos outros partidos foi falta dos criativos da agência de imagem ou uma estratégia pensada para não dar qualquer importância aos pequenos.

Comments:
Meu caro Lester

Estou mais pelos lados do Miguel Sousa Tavares que dizia num dos seus artigos recentes: o mal do acordo foi não se ter ido mais longe e só se ter resolvido "meio Problema" e acrescento os partidos no governo ou fora do governo têm toda a legitimidade de fazer acordos. Como já disse aqui achei mal a forma como o acordo foi conduzido na mais completa clandestinidade. Estamos num Estado de direito com um parlamento.
 
Acrescento ao Comment Anterior: temos é o direito de concordar ou discordar do conteúdo do acordo, sendo ele formalmente bem conduzido, o que não foi o caso neste acordo da justiça.
Vejo, por outro lado com alguma tristeza que pouco se tem discutido sobre o seu conteúdo, a parte que mais me interessa. Saber se este acordo conduz ou não a acelerar processos que se arrastam anos e anos? Se vamos ter uma justiça menos de "arquivo" e mais de justiça. Se a investigação vai observar as normas legais para não dar aso a que "a Justiça de arquivo" continue dominante em Portugal sobretudo quando os arguidos são "trutas económicos ou de jet set". Ás vezes, a mente é fraca e até se questiona se o destino "arquivi" não foi uma presença desde início do processo.
 
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Acho curiosa a posição de MST acerca do Pacto da Justiça. O João Abel refere-se-lhe, em segundo plano. Compreendo a reflexão, claro, mas não percebo como um Pacto com Marques Mendes poderia ir além do que foi.
Se o PS quisesse, de facto, ir mais longe, teria incluído contribuições de diversos quadrantes e, depois, fá-las-ia aprovar na AR, como tem feito noutros casos.
Se o PS conseguiu a Maioria Absoluta para se render às afinidades que parece ter com o PSD, desaponta certamente muitos dos que contribuiram entusiaticamente para que ela fosse alcançada.
Esperar mais de um Pacto com o PSD em matéria de Justiça é como acreditar que Bagão Félix poderia ter contribuído para um melhor Código do Trabalho.
 
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