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2006-10-05

 

E, agora, Dr. Jardim?

Pela primeira vez, o Dr. Jardim perde a guerra em todas as frentes.

Dois tiros apenas e o homem KO. Se encontrasse uma porta. ... . O problema é para a população que, durante 28 anos, foi enganada por quem andou a gerir a Madeira, sem projecto de desenvolvimento e a prometer um futuro muito risonho. Criou uma economia movediça, sustentada em pés de areia, uma economia de consumismo, mas com um PIB elevado.

Primeiro tiro - Cortes brutais nos dinheiros vindos de Bruxelas, sustentados na subida do PIB per capita, uma das "coroas de glória"do Dr. Jardim, situação quase nunca abordada. Não tem de que se queixar. O Dr. Jardim nem se apercebeu que não estava a lidar com instituições nacionais, permissivas. A Comissão Europeia não brinca em serviço. Há regras, boas ou más, que são quase sempre para cumprir. E não é ao nível do Dr. Jardim que pode haver o piscar de olhos do não cumprimento. O PIB per capita excedeu a meta dos 75% e aí está o montante encurtado, entre 2007 e 2013, em cerca de 70%.

Segundo tiro - Aprovação da Lei das Finanças Regionais ontem em Conselho de Governo. Não será tanto a redução dos montantes a transferir do OE para o orçamento regional que preocupa o Dr. Jardim. Mas sim outros factos que esta lei contempla: o Governo da República deixa de ser "o avalista" do endividamento dos governos regionais e ainda a penalização no incumprimento da lei traduzido na redução imediata das transferências. Duas armas retiradas ao Dr. Jardim, que lhe foram essenciais, nestes 28 anos, da sua perdulária gestão da RAM.

Não são boas notícias no ano da comemoração dos 30 anos de autonomia, mas é o próprio Dr. Jardim, ainda no poder, a assistir ao desmoronamento da sua tão apregoada "Madeira Nova". O "povo superior" não lhe vai perdoar, dentro de algum tempo vao perceber a tramóia que lhe foi montada. E rapidamente vai aperceber-se do castelo de cartas que é a economia.

E agora Dr. Jardim? Espera-o o caminho dos cortes dolorosos.

Em todo este processo esqueceu-se de que este momento ia chegar. Esqueceu-se entre coisas que a solidariedade é um princípio com reciprocidade.

A sua posição de arrogância e inconveniência prejudicou muito a sociedade madeirense.

Com alguma dignidade abandone o barco. Faça-se substituir por alguém com uma língua afinada pelos tempos da civilidade social e humana. Faça um singelo acto de alguma nobreza. Demita-se por incompetência.

Comments:
E agora deu o bicho na Madeira!
 
Bom post. Parabéns.
 
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