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2006-10-23

 

O espectro da derrota no Iraque

As eleições para o Congresso dos EUA a 7 de Novembro próximo puseram o Iraque no centro da agenda política e o partido Republicano na expectativa da derrota.
A eventual perda da maioria no Congresso lançou o alerta vermelho na Casa Branca. Muitos dos candidatos republicanos, empertigados falcões demarcam-se do Iraque, de Bush e voam baixinho na campanha eleitoral a emitar pombas.
As 600 mil mortes violentas no Iraque, desde a invasão em 20 de Março de 2003 (Estudo da Universidade dos EUA Johns Hopkins publicado na conceituada revista médica britânica The Lancet. 4 vezes as mortes de Hiroshima) o aumento crescente dos atentados, os 70 mortos de militares norte-americanos nos primeiros 19 dias de Outubro, obrigam W.Bush à rever a estratégia da Guerra, ainda que diga às televisões que é só para mudar a táctica.
"O general William Caldwell porta-voz do Exército no Iraque reconheceu a incapacidade do exército norte-americano travar a escalada da violência" (Público 2006-10-21) Alberto Fernandez, o representante diplomático do Departamento de Estado para o Médio Oriente, numa entrevista à televisão do Qatar, Al-Jazira, disse que " o mundo está a "testemunhar o falhanço do Iraque". "Não é um falhanço apenas para os EUA mas um desastre para toda a região" "Há lugar para fortes críticas, porque sem dúvida houve arrogância e estupidez dos EUA no Iraque". A Casa Branca tentou emendar dizendo tratar-se de uma tradução mal feita mas o discurso, em árabe, foi testado por vários serviços de tradução" (Público 2006-10-23). Bush para ajudar à festa cometeu uma gafe ainda mais alarmante pois considerou pertinente a comparação deste "Ramadão sangrento" com a ofensiva do Tet do Vietnam (o princípio do fim da guerra do Vietanm).
Entretanto o amigo Blair vai falando na retirada britânica do Iraque. Mas só daqui por uns 12 ou 18 meses.

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