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2006-10-30

 

O quadro edílico do Governo com a banca

Enquanto em 2005 a maioria dos portugueses viu diminuir as suas receitas e a economia cresceu uns míseros 0,2 ou 0,3 % “os quatro maiores bancos privados a operar em Portugal registaram um crescimento médio dos lucros de 37%" somando 1.600 milhões de euros.

Quando a austeridade imposta pelo défice ameaça as emagrecidas bolsas dos Portugueses e o fisco se esmera na busca do último cêntimo taxável é quase comovente ver como o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, protege a banca cobrando-lhe apenas 18% de IRC em vez dos 25% cobrado às outras empresas.

Não menos enternecedor é "um despacho do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, João Amaral Tomás, a confirmar que a banca não vai pagar o IRS e IRC que deveria ter retido sobre juros pagos a investidores em obrigações emitidas através de sucursais exteriores. O Governo alega a "boa fé" do sistema bancário na interpretação da lei" e dá-lhe ainda mais um tempo para promoverem a fuga aos impostos desses seus clientes das ilhas Caimão e outros templos do branqueamento de capitais, até Dezembro de 2006."

Com os bancos o fisco amolece. Derrete-se mesmo. Porque será?


Comments:
Em tudo isto há também um problema de regulação. Na energia o regulador queria fazer-nos pagar 15,6%. Aqui o regulador quer que os seus regulados paguem o menos possível. Quem será o regulador? BP. Xis
 
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