.comment-link {margin-left:.6em;}

2006-11-24

 

DEPUTADA SOFRE

Para evitar maus comportamentos de deputados que assinam compromissos partidários e depois pôem a lei "burguesa" do país à frente da lei "proletária" do partido para não perderem o lugar dou uma sugestão: de futuro o partido concorre com uma lista sem nomes, apenas números. E na bancada parlamentar obriga os deputados a apresentarem-se sempre, não digo de burka mas de cara tapada e uma tabuleta ao peito com a identificação deputado 1, deputado 2... Assim quando o partido, e muito bem, quiser mudar muda. Muda só o que está por baixo da tabuleta e acaba-se a escandaleira.

Luísa Mesquita vem agora queixar-se de que não falaram com ela, não a avisaram. Que fez sacrifícios, comprometeu a carreira profissional, cumpriu sempre tudo à risca. E é verdade, deu por vezes uma imagem assanhada, fundamentalista, esquizofrénica. Uma imagem adequada do partido. E queixa-se:

«A proposta de renúncia não tem como sustentação nem falta de confiança política no meu trabalho nem uma avaliação negativa, antes pelo contrário, e portanto não entendo», acrescentou... «não se considera uma peça movível sem nenhuma razão, de um momento para o outro».

Luísa Mesquita sofre mas não tem razão. Sabe muito bem que a quem pertence avaliar da "sustentação" e de tudo o resto é ao partido e não a ela.

Poderia alegar: pois, mas o partido manda os seus militantes nos professores, nos militares, nos polícias, na função pública gritar nas ruas que o Governo não dialoga, não dialoga e depois em sua casa também não dialoga. Mas... já se sabe "faz como eu digo não faças como eu faço."
Por isso vai ser castigada pelo líder parlamentar Bernardino Soares que a tira das comissões onde fez bom trabalho e conhece os dossiês e manda para uma de que não percebe nada.

Luísa Mesquita faça auto-crítica (exame de consciência, para os que não entendam o jargão) e reconheca os seus erros.


Comments:
e no entretanto ficamos à espera de um sistema Parlamentar que religue os Eleitos aos Eleitores, que torne uns conhecidos e responsáveis por e perante os Outros... Porque neste sistema, os deputados devem ser apenas finais ao "Partido" e serve esta carapuça a todas as forças actualmente representadas no Parlamento Português...
 
Era bom que o Raimundo Narciso explicasse qual é a enorme diferença entre o PCP pedir a um deputado que renuncie a meio do mandato e o PS não ter permitido ao Raimundo Narciso chegar a ter tantos anos de deputado como a Luísa Mesquita.
Dirá RN que é completamente diferente porque uma coisa é substituir a meio do mandato um deputado que tinha sido eleito e outra é não convidar um deputado a continuar a sê-lo depois de novas eleições legislativas.
Mas isso não é resposta de jeito porque o que não faltam é deputados do PS ou do PSD, conforme a época, que só chegaram a deputados porque alguns verdadeiramente eleitos foram para Ministros e Secretários de Estado.

Falta saber se não foi à boleia dessas situações que RN foi deputado do PS.
 
Sobe, Luisa
Luisa, sobe, sobe a calçada...

Que(não)terá feito, Luisa?

Deveria ter acicatado (ainda mais) os profs. contra o Governo ?
Ou os jovens alunos?
Ou, ou, ou ?
 
De duas uma:
ou a prosa da Dona Adelaide é um fulanizado destempero momentâneo, ou é a forma de ser e de estar do PCP através dos seus mais fiéis e dedicados militantes e dirigentes ...
Minha senhora, uma coisa é discordar e rebater, e outra praticar o cansabido costume totalitário de achincalhar os adversários ...
 
Que grande confusão que vai na cabela da D. Adelaide Faria!
 
Olá Rui Martins. A questão é que o sistema eleitoral (e político)português acenta nos partidos e só recentemente se tornaram possíveis candidaturas de independentes mas apenas às autarquias.
O sistema não é perfeito e poderá ser melhorado. Há no entanto outras alternativas e uma delas é a que foi apresentada pelo PS na 7ª legislatura, salvo erro, que inclui os círculos uninominais, círculos distritais e um círculo nacional para manter a proporcionalidade. Tem vantagens e desvantagens. A vantagem é a dos círculos uninominais a que podem concorrer independentes. Personaliza e responsabiliza mais o deputado. Mas... e não passarão a haver deputados do construtor civil, de um banco, do casino, isto é de quem aberta ou em segredo lhe paga a campanha?
Olá Margarida ou Adelaide Ferreira agradeço ter dado as respostas às perguntas que parecia me dirigir. Evita-me essa maçada. Visto que faz a festa, deita os foguetes e apanha as canas convido-a para a próxima romaria na minha terra.
Olá Odete Pinto Isso pelo Alfragide http://XXI.blogs.sapo.pt vai muito bonito. Música, Castelo, Pessoa:
"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,/
Mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo./
E que posso evitar que ela vá à falência./
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,/
Apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise./
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas/
E se tornar autor da sua própria história./
É atravessar desertos fora de si,/
Mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma./
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida./
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos./
É falar de si mesmo./
É ter coragem de ouvir um "não"./
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta./
Pedras no caminho?/
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

Fernando Pessoa
 
Emendo o endereço do Alfragidexxi que saiu enganado
http://alfragidexxi.blogs.sapo.pt/
 
Esta falta de urbanismo nem parece do Raimundo que já me conhece o suficiente para saber que eu assino o que escrevo. É também lamentável ter trocado o nome da Adelaide que é Faria e não Ferreira. Quanto ao cerne da questão e conforme está na alínea 1 do Artigo 54 dos Estatutos “Os membros do Partido eleitos para cargos públicos (…) têm o dever político e moral de prestar contas da sua actividade e manter sempre os seus mandatos à disposição do Partido”. E na alínea 4 do mesmo Artigo: “No desempenho dos cargos para que foram eleitos, os membros do Partido não devem ser beneficiados nem prejudicados financeiramente por tal facto”. E relembro-lhe que estes mesmíssimos Estatutos foram aprovados no XVII Congresso, isto é em Novembro de 2004. Escusado será acrescentar que a entrada no partido é pessoal e voluntária e que consta dos Artigo 9º que “Pode ser membro do PCP todo aquele que aceite o Programa e os Estatutos (…).”
 
Eu até acho natural que "ex-comunistas" escrevam assim. Afinal de contas todo o seu inconsciente precisa do sossego que as acções dos outros proporcionam como justificativos. Talvez venham a ser acompanhados por Luísa Mesquita na sala de troféus do PS como convertidos.
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?