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2006-11-10

 

Um estudo que incomoda?

Segundo a comunicação social de hoje, a Cap Gemini produziu um estudo, por encomenda do próprio governo, concluindo que o Estado paga menos que o sector privado das grandes empresas.

Nunca tive dúvidas sobre isto. Mas generalizou-se estado com um grande contributo do próprio Banco de Portugal e de alguns analistas/economistas consagrados.

Aparecer um estudo deste teor vai agora contra o senso comum e incomoda.

Que seja publicitado o estudo para se poder analisá-lo. Olhar para as suas virtudes e para os defeitos.

Contudo, nada disto põe em causa que a AP precisa de grandes transformações, porque de facto, apesar de "gorda", não presta serviços em qualidade e a tempo, quer aos cidadãos quer às empresas.

No meu entender, há muitos vícios acumulados que levaram a esta situação. E estou à vontade em afirmá-lo. Os maiores decorrem dos dirigentes e da falta de definição política (ideológica, se quisermos, mais Estado social ou mais liberal), dirigentes que não se assumem responsáveis e ministros que não definem o que querem. Não há um contrato de responasabilização entre dirigentes/governo.

Sem isto nada vai longe.

O que critico no PRACE é que não clarificou as questões de fundo. Olhou técnicamente para serviços sobrepostos, o que não é mau. Mas isso não chega. Falta clarificar o modelo e a partir dele ajustar funções, desengordurar, ir buscar os mais aptos e admitir quem falta para preencher as lacunas, certamente existentes num modelo que se quer e pretende (penso eu) de eficiência da AP.

Comments:
em linguagem simples:
o poder construido numa pirâmide de mentiras....
e a chatice suprema:
soube-se.........
 
Como dizia alguém, "a história repete-se...". Primeiro foram os que encontraram armas de destruição maciça no Iraque. Agora estes garantem que na Função Pública se ganham salários principescos. Afinal é tudo da mesma escola de mentiras.
 
Sim, mas das "grandes empresas" e sabe-se que em Portugalç são precisamente as PMEs as maiores fontes de Emprego, e que nestas, as médias salariais são inferiores às médias do Estado... É yamb+em certo que as nossas PMEs empregam poucos licenciados, ao contrário do Estado e das Grande Empresas.

Aliás, esta seria a minha primeira conclusão: Existe uma ligação entre nível remuneratório e formação académica, e isto apesar da explosão do número de licenciados nos centros de (des)emprego, provocados sobretudo por inadequação da oferta de cursos universitários em relação ao mercado de trabalho.
 
Não é bem assim: o sector público paga mais que o privado mas é só em casos que não se pretendem badalados por exemplo, os grandes gestores como o da GALP, PT, TAP... que ganham milhares em salário para além das benesses em automóveis, telemóveis cartões de crédito, multas...etc.
Nem é preciso ir tão longe: sabem o vencimento e regalias dos directores de empresas municipais ou ligadas ao serviço de águas, por exemplo? Pois informem-se e terão uma bela surpresa.
A grande diferença entre o público e o privado é: no privado - quem não dá lucro é responsabilizado e sai ou, se é bom, é bem pago;
no público - se é bom, muitas vezes até sai porque não dá benesses aos "boys". Se é mau mas é do partido do governo, pode não sair e o governo injecta fundos ou, então, muda-o para outro lugar menos visível como a CGD ou um instituto qualquer. Há ainda a possibilidade de ser despedido com uma indemnização milionária. Caso o rapaz não seja do partido, o seu futuro depende daquilo que ele sabe...
 
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