2006-12-04
Entre o rosa e o vermelho
A América Latina procura libertar-se da tutela do grande irmão rico do Norte. Num mês três eleições mostram para que lado sopra o vento. Venezuela, com Hugo Chaves (61,62% contra 38,12 de Manuel Rosales), o Equador com Rafael Correia (56,67% contra 43,33 de Alvaro Noboa), a Nicarágua com Rafael Ortega (38% contra 29 de Eduardo Montealegre).
A esquerda moderada ou o centro esquerda estão em maioria nos governos da América do Sul, como o Brasil, a Argentina, o Chile. Se lhes juntarmos os governos em posições de esquerda radical, Venezuela, Bolívia e Equador temos o sub-continente americano entre o rosa (por vezes desmaiado) e o vermelho cor desconfortável para Washington.
A recente radicalização política vai a par com uma percentagem elevada da população abaixo do limiar de pobreza. Dos 41% no Equador aos 64% na Bolívia e isso explica muita coisa.
País | Área km2 | Popul. (Milhões) | PIB/capita ($ EUA) | Popul. abaixo limiar pobreza % | Telemóveis(milhões) | Utilizad. Internet (milhões) |
---|---|---|---|---|---|---|
Bolívia | 1.019.000 | 9 | 2.900 | 64 | 2.4 | 0,48 |
Nicarágua | 130.000 | 5.6 | 2.900 | 50 | 1.1 | 0,140 |
Equador | 284.000 | 13,5 | 4.300 | 41 | 6,2 | 0,616 |
Venezuela | 912.000 | 25,7 | 6.400 | - | 12 | 3 |
Brasil | 8.457.000 | 188 | 8.300 | - | 86 | 26 |
Chile | 757.000 | 16 | 11.900 | 18,2 | 10.6 | 6,7 |
Argentina | 2.767.000 | 40 | 13.700 | 38.5 | 22,1 | 10 |
Portugal | 92.000 | 10,6 | 19.000 | - | 11,4 | 7,78 |