2006-12-26
"Não há alternativa ao trabalho árduo" ...
Não é o trabalho árduo a fazer o que impressiona. A principal questão reside nas expectativas. Trabalho árduo para quê e para quem? Será que com o trabalho árduo requerido se tira o país do fosso em que se atolou?
As reformas de sustentação de um novo modelo ainda estão por fazer ou quando muito, estarão esboçadas de forma algo ambígua. No tempo dos governos de Cavaco Silva foram feitas as reformas "a nível do betão", em benefício de certas actividades como a banca e outras privatizações que vieram relançar o sector privado, tendo-se avançado pouco, falhado mesmo ou até recuado em domínios que são fundamentais a uma economia desenvolvida como a necessária transformação do aparelho de Estado e ao nível empresarial.
E sobre os empresários os governos têm um papel diminuto e, em meu entender, certos instrumentos como os fundos comunitários foram geridos de forma perversa, em contra ciclo a um sector empresarial que se desejava renovado e mais competitivo, não se privilegiando a competência
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