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2006-12-14

 

Será que "as leis de mercado" funcionam?

Em Portugal não, pelo menos, em certos sectores de actividade económica. Porquê? A "real" concorrência, aquela que leva à prática as leis de mercado, não se pratica. A concorrência é uma apenas uma realidade "formal", ou seja, tem existência na lei.

Seria intessante ver em que sectores a concorrência não é "fluida" e porquê. Nos de grande acumulação, a concorrência é reduzida. Veja-se o caso da Banca em que todos cometerem (acordo ou não, "boca" a "boca", etc) o arredondamento. Relaxamento da entidade reguladora, Banco de Portugal, que não pode ser juiz em casa própria. As entidades reguladoras nacionais "não são motores" do real funcionamento dos mercados.

Tudo isto a propósito do que se está a passar no mercado dos seguros de saúde, notícia hoje divulgada, em que contra o esperado de um mercado a funcionar, este mercado agora em franaca em expansão é acompanhado de uma igual carestia de preços nos seguros.

Há qualquer coisa aqui a funcionar contra a "inteligência". Certamente ninguém se preocupa com isso.

É este um dos processos da acumulação dos poderosos. Aproveitam - por consentimento - os "furos consentidos".

Comments:
É caso para perguntar: mas afinal, o que são as leis do mercado?
A maximalização do lucro não será a lei fundamental do mercado?!
E a exploração desenfreada não será outra?! (se bem que alguns afirmem que isso já não há!!!)
(jcm)
 
Olhe que não e essa forma de ver é algo primária. É evidente que mesmo o merceeiro da esquina, por vezes tão elogiado, age por lucro e é dos cumpre menos aqueles deveres de cidadania como pagar impostos. Mesmo, o chamado trabalhador ao negociar um emprego tenta ganhar o melhor contrato ( e seria parvo se não o fizesse).
 
Mas então, não percebo...
Não há tantas companhias de seguros a concorrer umas com as outras? Não deveria haver diferenciação de preços entre elas?
Valha-nos Deus! Querem lá ver que é preciso o Estado intervir!!!
PS.
Mais um ponto de vista muito primário... O que havemos de fazer? Quando não há mais argumentos, puxamos do canudo e apelidamos de primários os que pensam de modo ligeiramente diferente.
Ora, valha-o Deus!
 
Já pensou que não há tantas companhias como pensa. Segundo poder- se-á dizer que havia muitos bancos e, afinal, todos fizeram o mesmo tipo de arredondamento, incluindo a banca pública. Porquê?Terceiro isto não é um problema de galões. Acho mesmo que o seu comment corresponde a uma forma primária de ver os problemas. Para haver mercado, em muitos casos, é preciso um Estado activo, dinâmico e forte. Dirigentes políticos com ópticas centradas no cidadão, porque essa da exploração é um facto. Eu só pergunto quem "não explora" quem, desde que ...
 
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