2007-01-19
Sobre o IVG
Relembrando Natália Correia...
"O acto sexual é para ter filhos", disse na Assembleia da República, no dia 3 de Abril de 1982, o então deputado do CDS, João Morgado, num debate sobre a legalização do aborto.
Em resposta, Natália Correia escreveu um poema, publicado no Diário de Lisboa dois dias depois, que fez rir todas as bancadas parlamentares, sem excepção e, levado à interrupção dos trabalhos parlamentares.
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração! -
uma vez. E se a função
faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado."
"O acto sexual é para ter filhos", disse na Assembleia da República, no dia 3 de Abril de 1982, o então deputado do CDS, João Morgado, num debate sobre a legalização do aborto.
Em resposta, Natália Correia escreveu um poema, publicado no Diário de Lisboa dois dias depois, que fez rir todas as bancadas parlamentares, sem excepção e, levado à interrupção dos trabalhos parlamentares.
Eis o poema, que me foi relembrado por email por duas pessoas amigas:
"Já que o coito - diz Morgado -tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração! -
uma vez. E se a função
faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado."
( Natália Correia - 3 de Abril de 1982 )