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2007-02-14

 

O 8 ou 80

Ia a uns 80km/h na Avenida da República, em Lisboa, quando se acendeu um ameaçador 50 vermelho e luminoso. Percorri, respeitador 1 km àquela regulamentar e perigosa velocidade. Perigosa porque, sem nenhum trânsito, aquele rame rame adormece e despita.
Faz sentido 50 ou 60 km/h quando há muito trânsito e 80 km/h no resto do dia. Nesta como noutras vias rápidas da cidade.
Somos o país do 8 ou 80. Num mês os novos radares registaram 71 mil infracções em Lisboa. Isto quer dizer duas coisas
- primeira: é necessário pôr na ordem muitos condutores e não apenas os que foram detectados a 203 e a 218 km/h.
- segunda: os limites de velocidade ou não são para cumprir, como acontece com tantos outros regulamentos, ou não são adequados a todas as vias e a todas as horas e não contribuirão para o tão necessário aumento de civismo.
A menos que se trate de mais uma esperteza para a caça à multa.

Comments:
Controlem a velocidade na malha apertada dos bairros da cidade e nem precisam de avisos prévios.

Actualmente estamos perante o paradoxo dos automobilistas que ultrapassem os 50 Km nas vias centrais das Avenidas (Campo Grande, República,...) serem automaticamente sancionados e os que circulem nas vias laterais, à direita, a 70 Km (ou mais), junto aos edifícios, poderem ficar impunes. Assim, seria muito mais útil o controlo de velocidade na Rua Conde de Almoster em vez de na Radial da Buraca. Nem sequer a existência de semáforos na Rua Conde de Almoster justifica a selecção da Radial da Buraca para a colocação dos radares, uma vez que aqueles foram colocados em locais onde também existem semáforos: por exemplo, na Avenida Vasco da Gama, em frente à BP.

Zé da Burra o Alentejano
 
Se calhar nunca lhe passou pela cabeça que o limite de velocidade serve também para defender os peões, e não apenas os outros carros.
Assim, definir um limite de velocidade consoante o trânsito acaba por não fazer sentido nenhum.
 
Os painéis informativos com a velocidade permitida e os radares estão colocados. Então porque não se adopta o sistema utilizado na Ponte Vasco da Gama, em que a velocidade é veriável e definida por quem controla os painéis, que é óbviamente uma pessoa qualificada para o efeito?

Assim, haveria a possibilidade de aumentar ou reduzir a velocidade em função das variáveis a ter em conta, onde cabe a questão do número de peões.

Já imaginou, por exemplo, o que é subir o túnel do Marquês a menos de 50 Km por hora às 3H00 da madrugada e SEM PEÕES?

Zé da Burra o Alentejano
 
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