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2007-02-07

 

O referendo do nosso atraso civilizacional (1)


O cardiologista Manuel Antunes ou o neurologista Nuno Lobo Antunes, entre outros participantes do programa Os prós e os contras, foram explícitos em considerar que com o embrião às dez semanas, (o caso concreto da pergunta do referendo) o que temos é “uma pessoa”. E portanto com a IVG o que temos é a morte de pessoas. O assassínio. A morte deliberada de crianças, de filhos. Falando apenas das pessoas que têm sinceramente estes pontos de vista (e não os que não passam de estultos candidatos a manipuladores de consciências) é estranho que simultaneamente considerem aceitável que sobre tão horrendos criminosos recaia apenas uma reprovação moral, um castigo menor mas não a prisão. E, mesmo admitindo atenuantes, não se percebe como não devam ser tais crimes puníveis com uma pena que possa ir até à pena máxima de 25 anos de prisão.

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Quer acabar com a humilhação das mulheres em tribunal
Padre Manuel Costa Pinto: "Eu voto 'sim' sem qualquer dificuldade"
07.02.2007 - 23h04 Lusa

Manuel Costa Pinto, padre de Viseu, disse hoje que votará "sim" no referendo do próximo domingo, porque entende que deve acabar a humilhação das mulheres em tribunal e o "verdadeiro infanticídio" a que obriga a lei actual.
O padre Manuel Costa Pinto, de 79 anos, defende que a mulher deve ser libertada "dessa coisa vergonhosa que é o julgamento" e também do castigo da prisão, dando o exemplo de Jesus Cristo, que perdoou a adúltera.

"Jesus disse 'aquele que estiver sem pecado que atire a primeira pedra' e ficou apenas ele e a mulher. Então acrescentou: 'eu não te condeno, vai, e não tornes a pecar'. O nosso magistério, papas e bispos, não pode esquecer isto", considerou o padre Manuel Costa Pinto.

Por outro lado, o padre afirmou não compreender como "pessoas sensatas" podem alhear-se do "verdadeiro infanticídio" que muitas mulheres cometem depois do nascimento dos filhos.

"Mulheres com medo"

"Mulheres com medo, que não têm dinheiro para ir para o aborto clandestino e muito menos para o estrangeiro, disfarçam a gravidez até ao parto. Vão para uma casa de banho, sai uma criança, aí sim, já uma criança, metem-na num saco e deitam-na ao caixote do lixo, ao esgoto ou até no campo", disse também aquele padre de Viseu.

Na sua opinião, estas situações só acontecem "por causa da lei que existe actualmente", sendo que, nestes casos, já considera existir um crime, porque, se o bebé nasceu com vida, "é uma pessoa com personalidade jurídica".

"Eu voto 'sim' sem qualquer dificuldade. Não tomo esta atitude de ânimo leve, sei a minha responsabilidade como católico e como padre", frisou Manuel Costa Pinto, acrescentando não ter receio de ser excomungado.

"Já estive suspenso 17 anos por escrever um livro sobre o celibato a defender que os padres se deviam casar. Hoje já toda a gente diz isso, mas naquele tempo [início da década de 70] fui só eu", contou o padre.

Manuel Costa Pinto considera que o Evangelho, com o exemplo de Jesus Cristo, bastaria para justificar a sua opinião, mas, no entanto, preferiu também apontar as posições tomadas ao longo dos tempos para sustentar que, ao se despenalizar a interrupção voluntária da gravidez até às dez semanas, não estará sequer a falar-se de um "ser humano".
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1285028&idCanal=21
 
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