2007-03-17
A actualidade da história (1)
A reposição do retrato de Freitas do Amaral no friso de antigos dirigentes do CDS (já referido no PUXA, aqui) e a proposta de um livro único para a história da União Europeia, recolocam perante os nossos olhos a evidência da premente actualidade da história.
O CDS/PP promove a reintegração de um ex-Ministro de Estado de José Sócrates. O retrato viajou do Largo Adelino Amaro da Costa para o Largo do Rato, (onde se festejava a recém obtida Maioria Absoluta do PS), regressando agora ao antigo Largo do Caldas (onde Portas supõe que, depois do que fez a Manuel Monteiro, não há Castro que lhe possa resistir). É uma alfinetada em Portas e um remoque altaneiro à sua tentação estalinista de apagar Freitas da foto de família.
Enquanto isto, José Sócrates reúne com o Grupo parlamentar do PS. No ano passado, algo de semelhante sucedeu [espreitar aqui]. Entretanto os ânimos serenaram. É a cíclica “acalmação”. As práticas democráticas da “Nova Esquerda” têm também as suas vicissitudes
Do eixo franco-alemão soltou-se um impulso concentracionário. O alvitre de um livro único sobre a União. Como quem diz,- "já que a Constituição Europeia não passou (e era um documento só), que passe agora uma versão singela da História."
Já que a coisa não vai lá com fanfarras eleitorais, voltemos à política dos “pequenos passos” de esperançosa memória. Ou seja: agora um livro; depois, o outro.
Retratos que vão e vêm; Portas que saem e tornam; deputados que se lamentam anualmente e versões únicas da história.
Tudo historicamente actual. Isto é: tudo velho e relho...