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2007-03-23

 

A tragi-comédia da OTA

Começo por uma declaração de interesses: sou, desde os tempos do meu amigo Cravinho, contra um aeroporto na Ota. Mas disse-o logo (não ouviram?) não faço como Marques Mendes que só agora se lembrou de tal. E sou contra porque tenho por herança, casa e bens (poucos malheureusement) perto da serra de Montejunto e não quero ver os céus rasgados a toda a hora por aviões.
Vem isto a propósito das notícias de que um grupo de empresários (pensei logo, mal intensionado, em Belmiro, por causa da OPA da PT) com a ajuda da CIP e de José Manuel Viegas do IST, estão a fazer um estudo à pressa, com a ajuda de binóculos modernos e do Google Hearth, que dará já em Maio 5 ou 6 sítios melhores que a Ota na margem Sul.
Oxalá! digo eu, para bem do país e descanso da paisagem da minha terra. Mas, bule comigo uma atrevida interrogação: Porquê agora? Porquê só agora? Nove anos depois da escolha do ministro Cravinho, dezenas de milhões de euros depois, gastos em estudos preparatórios da construção da Ota? Para ajudar Marques Mendes? Porque não pouparam dinheiro ao país tratando logo do caso no tempo dos Governos de Guterres, de Durão Barroso ou de Santana Lopes já com Marques Mendes no Governo. Poder-se-ia alegar que só agora se conhecem os constrangimentos. Mas não é verdade o essencial deles é conhecido desde a origem.
Que move então estes novos paladinos do bem pátrio? O interesse do país? A guerrilha partidária? O cerne da pequena política, de todos os quadrantes: a luta pelo poder alavancada pela clientela sequiosa e impaciente?

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