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2007-04-13

 

Cada um faz a política que pode

Resta agora saber se Sócrates sobe ou desce na próxima sondagem. A guerra, tão bem urdida e alimentada, que o PCP desencadeou contra Sá Carneiro por causa duma suposta dívida só serviu afinal para dar mais votos ao então 1ºM.
O Zé pode não ter muitas letras mas não é completamente parvo.

Comments:
Ó Raimundo Narciso, este seu post é do piorio. Quererá felicitar-se com esta trapalhada toda e dizer que aceita, sem rebuço, viver assim a modos que num país chamado Felgueiras, trocando o escrutínio dos políticos pelas taxas de popularidade? Acho que está a descer de nível. Depois da Presidência portuguesa voltaremos a falar.

Luis Narana
 
Caro Luís Narana
Do "piorio" é a comportamento de quem se dispensa de jogar o jogo da política e substitui-o pela chafurdisse de revolver a retrete e o caixote do lixo.
Este escrutínio, tal como o de Sá Carneiro com a dívida, de Ferro Rodrigues com a Casa Pia e o de Bill Clinton com Mónica Lavinsky, para só citar alguns, é o tipo de escrutínio de "sargeta" que visa substituir políticos e políticas não pelo escrutínio destas mas pelo escrutínio de fait divers irrelevantes (pelo menos até agora)para o Governo do país.
É assim, uma espécie de apito dourado. Se não conseguimos ganhar a meter golos na balisa vamos ver se ganhamos comprando o árbitro.
 
Meu caro Raimundo Narciso. Eu até que me estava a reservar para depois da presidência europeia. Não tenho pressa nem particular paixão nestas coisas. Porém a sua resposta destemperada incita-me a deixar-lhe dois factos para reflexão:

- há versões diferentes do certificado de JS (leia a imprensa desta manhã);

- JS mentiu, a bom mentir, quando disse só ter conhecido António José Morais na UnI.

Se o meu caro soubesse o que aí vem a seguir... ou, se calhar, até sabe. Donde o seu prudente "(pelo menos por agora)".

Compreensivelmente, o meu caro não se retratou relativamente à boutade dos índices de popularidade.

Compreendo-o. É duro ter de contra-argumentar. É mais cómodo baralhar tudo, e clamar de pulmões abertos pelo líder ofendido.

Felgueiras, afinal, diz-lhe ou não alguma coisa?
 
ah!, e, desculpe, mas eu não me abalançaria a pôr os documentos em questão ao nível da retrete ou do caixote do lixo.

Quanto ao "jornalismo de sargeta" e à chafurdice, compreendo o incómodo.

Luis Narana
 
Sr anónimo Luís Narana, as taxas de popularidade - ainda não percebeu? - é o único objectivo da campanha em torno de matéria que não tem qualquer relevância política. E a campanha em torno dos títulos e da carreira académica do 1º M, que poderia ter interesse se ele estivesse a construir o aeroporta da Ota mas não tem qualquer interesse para a orientação política do Governo que dirige tem como único objectivo político a relevação do poder através de meios espúrios. Isto é a próxima sondagem. É como se o que devesse ir a votos não devesse ser a orientação política: o pacto de estabilidade, o (des)investimento, a reforma do Estado, o não funcionamento da Justiça , o desemprego, a educação, a saúde, a segurança social,as fracturas sociais da sociedade portuguesa, etc. mas sim os julgamentos de carácter.
Se as sondagens subirem é a prova de que os métodos sujos não resultaram. E a campanha ou se intensifica ou acaba.
Esta campanha vem da mesma sargeta donde os neo-cons, liderados por Newt Gingrich, desenterraram o caso Mónica Lavinsky para substituir Clinton antes do fim do mandato como se a política do império dependesse de um "broche". Foi essa estrumeira que adubou a vitória da flor W. Bush.
Felgueiras se tiver aplicação é a si que aposta na substituição dos métodos limpos pelos espúrios.
 
Caro Raimundo Narciso.

Uma vez aqui chegados, resta-me um pedido (a si e a quem mais tiver tido a paciência de nos seguir até aqui).
Releia(m) o post da sua autoria que originou esta troca de propósitos.
As duas tónicas ideológicas são colocadas, uma, na expectativa dos resultados de próximas sondagens e, a outra, na crença populista de que o "Zé pode não ter muitas letras mas não é completamente parvo".
Duas pérolas do pensamento político daquilo em que se tornou o "seu" socialismo.
Como se tudo isso não bastasse, em vez de ir à discussão da questão aventada, acusa-me por a questão ter vindo à praça pública.
A um poste di piorio, soma-se agora uma série de evasivas deprimentes.
Defender à outrance o líder, nunca foi prova de grande discernimento.
Sem acrimónia.

Luis Narana
 
O anónimo Luís Narana não argumenta. Finge que argumenta. Não há nexo entre o que escrevo no post e as conclusões que à outrance pretende impôr.
Vejamos. Diz ele:
"As duas tónicas ideológicas são colocadas, uma, na expectativa dos resultados de próximas sondagens e, a outra, na crença populista de que o "Zé pode não ter muitas letras mas não é completamente parvo".
"Duas tónicas ideológicas?". É uma consideração completamente deslocada. Aquela minha interrogação e a aquela minha afirmação apenas avalia a eficácia dos métodos usados por quem organiza a campanha que pretende pôr em causa a política através dos julgamentos de carácter.
Diz o anónimo Marana: "Duas pérolas do pensamento político daquilo em que se tornou o "seu" socialismo."
Duas pérolas do pensamento político? Que tem a ver a avaliação das metas que a campanha pretende atingir com "pensamento político"?
Oh Sr. anónimo Luís Narana! O que é que sabe do "meu socialismo"? É pior, é melhor, que o seu? Está preocupado com o "meu socialismo"?
Diz Narana. "uma série de evasivas deprimentes." Estou a percebê-lo queria que eu discutisse consigo a assinatura num domingo e a publicação da pauta em Agosto, se Sócrates conheceu ou não conheceu o professor X. antes da data Y. Mas isso é exactamente o terreno para onde a campanha e com ela o anónimo Narana quer deslocar uma discussão que devia ser no terreno das políticas.
Diz o anónimo Narana:
"Defender à outrance o líder, nunca foi prova de grande discernimento".
Não se trata da defesa do líder. Trata-se apenas de pôr em causa campanhas que procuram ganhar na secretaria o que não pretendem disputar no terreno próprio, o da política.
Vá lá, vá lá, senhor anónimo Luís Narana! Para que as conclusões que quer tirar tenham sustentação é necessário argumentar e não fingir que argumenta com as suas avaliações do meu "socialismo" ou do meu discernimento.
 
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