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2007-04-13

 

A ENTREVISTA

Sócrates esteve bastante bem. Há quem simpatize com o seu estilo agressivo e há quem não simpatize. Isso é o menos. Porque quanto à matéria de facto conseguiu ser razoavelmente convincente.
A dificuldade da sua defesa era gigantesca. Os investigadores, durante mais de um ano com o fogo rasteiro dos blogs e depois na imprensa de referência em derrapagem tablóide, liderada pelo Público (por coincidência depois da derrota da OPA da Sonae à PT) não conseguiram encontrar um facto, um único! que pudesse comprometer Sócrates. E isso deixava o homem, perante o olhar do país a entrar-lhe pela RTP dentro, sem defesa possível.

De que tinha Sócrates de se defender? De ter sido aluno da UI há uns anos atrás (quando Marques Mendes era professor lá) e esta estar agora a desfazer-se? De ter a UI preenchido uma pauta em Agosto? Posto uma assinatura num Domindo? De o professor de Inglês Técnico ser o reitor? E o professor de quatro cadeiras poder ser um seu amigalhaço mesmo sem ninguém o saber? Sócrates tinha que se defender de uma infinidade de pequenas coisas estranhas a que é manifestamente alheio mas que laboriosamente coleccionadas e convenientemente interpretadas permitiram criar uma nuvem de insinuações com que se pretendia atingir o seu carácter.

A situação foi agravada por alguns erros do 1ºM. Ter andado por aí de telefone na mão para os jornais mais do que aconselhava a chã prudência. Ter atrasado as explicações permitindo que isso constiuisse mais uma prova de tudo o que o acusavam.

Com um ar prazenteiro mais elaborado que o habitual mas a que não faltou, aqui e ali, o estilo Pit Bull, o nosso Primeiro conseguiu desfazer a borrascosa nuvem e saiu de cabeça erguida da 5 de Outubro.
Safou-se desta? Não sei. Marques Mendes disse logo a seguir que não. Que teria a matilha à perna e que se ainda não se descobriu nada pode muito bem vir a descobrir-se muita coisa. e Para já e por princípio revelou falhas de carácter.
Que Sócrates se cuide. MM não deixará de fazer o trabalho de casa. Não pode abrir o flanco a investidas de Luís Filipe Menezes.

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