2007-04-28
A "imparcialidade" dos nossos tribunais
Vejamos resumidamente a situação. Em 1996, JMM numa entrevista ao então secretário geral da UEFA, Gerhard Aigner, pergunta-lhe se era admissível que o então presidente da Liga de Clubes também presidente do Futebol clube do Porto, Pinto da Costa, por conseguinte "patrão dos arbitros", pudesse nos jogos estar sentado no banco de suplentes, à frente do árbitro, de quem era patrão "por inerência".
Deixo aqui a seguinte questão: porque razão tem de ser o Estado Português a pagar e não os autores materiais da decisão? Os juizes. Eles são pagos para julgar segundo as leis. JMM não tinha ofendido o senhor Pinto da Costa. Tinha usada a sua função de jornalista para interrogar alguém, conhecedor, sobre um caso que podia influenciar a verdade do jogo. Os juizes portugueses, que actuaram neste processo, fizeram má justiça. Os cidadãos portugueses não têm de pagar as asneiras de quem é pago para não asneirar e asneirou.