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2007-04-24

 

Milagres (1)



A Reforma da Administração Pública ziguezagueia. A nova proposta de Sistema de Avaliação que, a ser aprovada na AR, substituirá o sistema recém-criado e em vigor, parte do princípio de que não poderá haver mais de 25% de notas “relevantes” (e, dentro destas, apenas 5% de excelentes), enquanto que, para os dirigentes superiores, não se aplica tal constrangimento.


Estas condições de partida, impostas ao Sistema de Avaliação, emitem uma forte mensagem subliminar. Quer os servidores do Estado se esforcem, quer não, não haverá lugar para mais do que ¼ do total no pelotão da frente.


Edificante!

Segundo o PÚBLICO de hoje, Sarkozy conta-se entre os admiradores de Sócrates. Porquê? Por causa do seu destemido plano de reforma da AP.

Sarkozy terá desabafado: “Felizmente os socialistas franceses não são como ele, caso contrário teria dificuldades em posicionar-me”.

Interrogado sobre a circunstância de manter altas taxas de popularidade apesar das políticas restritivas que tem seguido, o Primeiro-Ministro português terá respondido: “É sem dúvida um milagre”. [Ver entrevista de José Sócrates ao Le Point]

Também me parece...

Comments:
Olá Manuel

Com o que me contas do Sócrates até a Ségolène me parece mais razoável :)

Onde é que eles vão buscar as ideias? Se é verdade que muito há a fazer para reformar a administração pública tanto em França como em Portugal, a imposição de uma quota de boas avaliações é uma das maiores aberrações de que tive conhecimento. Uma parte dos problemas de eficácia resolvem-se com boas chefias e reconhecimento do trabalho de qualidade. Decidir por lei que em cada serviço apenas 25% dos funcionários podem ter bom desempenho parece um regulamento tirado de um livro de Kafka.
 
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