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2007-04-12

 

A missão, afinal, possível

Só ouvi a entrevista de José Sócrates, às tantas da noite, na RTPN.

E ao contrário do que dizia no meu poste abaixo "missão (quase) impossível", José Sócrates, não tendo sido brilhante, foi convincente. O que não significa que todos os domínios tenham ficado esclarecidos. O principal domínio para mim não esclarecido foi o do porquê de tão tarde vir esta explicação. A explicação de Sócrates do inquérito à UnI, não me convenceu. Um problema menor que poderia ter sido "resolvido no ovo" foi deixado arrastar-se e de forma prejudicial. E aqui houve uma má avaliação de Sócrates. Ele nunca pensou na dimensão que o problema iria atingir .

O País andou, assim, tempo demais a desviar-se de questões sérias andando à volta do currículo académico do PM, sem necessidade, para até se vir a saber que o homem fez 55 cadeiras para ter uma licenciatura, um número exorbitante, face às 40 que tive eu e muita gente de fazer.

Por outro outro, a entrevista não correu bem aos jornalistas que estiveram pouco acutilantes e nalguns aspectos, sobretudo da segunda parte, a sua preparação não se mostrou ser a melhor.

Agora desastre completo foi a intervenção de Marques Mendes. Talvez a reacção demasiado a quente deu disparate e estas disputas sobre questões menores nem sempre são as mais indicadas para a luta política.

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