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2007-04-22

 

Primeiras impressões

As minhas desculpas pelo estilo desta mensagem, hoje passei 13 horas numa mesa de voto e estou um pouco cansado. Qualquer que seja o resultado final da eleição presidencial francesa o resultado de hoje é histórico por duas razões: em primeiro lugar pelo nível de participação (86%), em segundo lugar pela descida histórica de Le Pen que com 11% fica muito abaixo do que lhe atribuíam as sondagens.

Objectivamente a esquerda parte para a segunda volta numa posição de inferioridade, os Verdes e o PCF tiveram resultados catastróficos, a reserva de votos da esquerda é bastante pequena. Veremos se nos próximos 15 dias será possivel inverter esta situação.

Pessoalmente vigiei uma mesa de voto num bairro popular onde Ségolène teve 32% contra 25% de Sarkozy, fiquei com a impressão que as pessoas querem que a política permita mudar a vida de todos os dias, só espero que não se desiludam.
Comments:
Viva,
Parece que desta vez a "táctica" da Alexandra em 2002 resultou - mas temo que tenha sido tanto ou mais pela capacidade do Sarkozy ir buscar votos à FN do que pela capacidade da Ségolène fazer o pleno da esquerda (não fiz as contas, mas à esquerda dela deve haver ainda assim mais de 10% dos votos). Obviamente, prefiro muito mais que vá a Sr.ª à 2ª volta do que o horrível Le Pen (isso nem se compara); mas lá por isso não alinho numa lógica de voto útil à outrance - senão ainda acabava a votar num Blair ou coisa parecida...
Um grande abraço, António Figueira
 
86% de participação. Esta é à partida a grande vitória do simbolo da democracia mundial.
São valores como este que me deixam triste face ao panorama da sociedade em Portugal.
 
É tempo de redescobrir a França. Muito do que se joga relativamente ao futuro das nossas sociedades está a passar por aí. Contrariamente ao que se passa (agora) por cá, -- e como tu dizes no teu post -- os eleitores parece terem esperança de alterar algo com o seu voto.às vezes dou por mim a perguntar por que outra razão se haveria de votar?...
Como diz o Rui Tavares no PÚBLICO de hoje -- "Cliché-sur-France", na contracapa -- não podemos continuar a pensar a França que conhecemos há mais de 30 anos como os maiores perigos e as grandes esperanças não assomassem por lá, em condições diferentes.
Vamso lá, então, à 2ª volta. Obrigado pelos teus apontamentos.
Um abraço
 
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