2007-06-26
Livros que vale a pena ler (5)
FRANC-TIREUR – Autobiographie – Eric Hobsbawm – Hachette Littératures, collection Pluriel, 2007, 522 págs, € 10,80 (traduzido do inglês, ed. Penguin Books, 2002) – O autor nasceu em 1917, em Alexandria, de mãe austríaca e pai inglês, ambos judeus. Viveu em Viena e mais tarde, a partir de 1931, em Berlim, onde assistiu à queda da República de Weimar. Em 1933, inicia-se no estudo do marxismo, de que virá a ser um dos mais brilhantes cultores contemporâneos, e, pouco depois da tomada do poder por Hitler, deixa Berlim, à qual só voltou trinta anos mais tarde, fixando-se em Inglaterra onde passa a viver.
Esta autobiografia está organizada em três partes: a primeira compreende os capítulos político pessoais (I-XVI), que, por ordem cronológica, cobrem o período que vai dos anos vinte até aos anos noventa; a segunda (XVII e XVIII) respeita à sua carreira de historiador profissional; a terceira (XIX-XXII) evoca as regiões ou os países aos quais o autor esteve ligado (para além, naturalmente, da Mitteleuropa natal e da Inglaterra) durante largos períodos a sua vida: a França, a Espanha e a Itália, a América Latina e os Estados Unidos.
Autor de uma vastíssima obra, na qual, além da famosa triologia – “A era dos impérios, 1875-1914”; “A era do capital, 1848-1875”; “A era das revoluções, 1879-1848” – se destaca ainda “Nações e nacionalismo depois de 1780 – Programa, mito e realidade”; “Reflexões sobre o século XX”; e “A era dos extremos – história do curto século XX, 1914-1991”, Hobsbawm parece pretender com esta obra autobiográfica não tanto descrever a história do século XX a partir da sua própria experiência, mas antes ilustrar o contexto permanentemente mutável, mas sempre limitado, dentro do qual os homens podem fazer as suas opções. Dando assim razão a Marx, quando este diz: “Os homens fazem a sua vida, mas não a fazem como eles querem, não a fazem nas circunstâncias que eles escolhem, mas nas circunstâncias que eles encontram, dadas e transmitidas pelo passado” e pelo mundo que os rodeia.
Esta autobiografia está organizada em três partes: a primeira compreende os capítulos político pessoais (I-XVI), que, por ordem cronológica, cobrem o período que vai dos anos vinte até aos anos noventa; a segunda (XVII e XVIII) respeita à sua carreira de historiador profissional; a terceira (XIX-XXII) evoca as regiões ou os países aos quais o autor esteve ligado (para além, naturalmente, da Mitteleuropa natal e da Inglaterra) durante largos períodos a sua vida: a França, a Espanha e a Itália, a América Latina e os Estados Unidos.
Autor de uma vastíssima obra, na qual, além da famosa triologia – “A era dos impérios, 1875-1914”; “A era do capital, 1848-1875”; “A era das revoluções, 1879-1848” – se destaca ainda “Nações e nacionalismo depois de 1780 – Programa, mito e realidade”; “Reflexões sobre o século XX”; e “A era dos extremos – história do curto século XX, 1914-1991”, Hobsbawm parece pretender com esta obra autobiográfica não tanto descrever a história do século XX a partir da sua própria experiência, mas antes ilustrar o contexto permanentemente mutável, mas sempre limitado, dentro do qual os homens podem fazer as suas opções. Dando assim razão a Marx, quando este diz: “Os homens fazem a sua vida, mas não a fazem como eles querem, não a fazem nas circunstâncias que eles escolhem, mas nas circunstâncias que eles encontram, dadas e transmitidas pelo passado” e pelo mundo que os rodeia.
(Selecção e texto de J.M. Correia Pinto)
Comments:
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Então e não existem estes livros em Português ?
É que isto de a França já estar a ganhar 4 a 1 não me agrada nada ;-)
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É que isto de a França já estar a ganhar 4 a 1 não me agrada nada ;-)
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