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2007-06-28

 

O desperdício... em Portugal

... Não aproveita a ninguém. Pelo contrário, só nos "entra" no bolso, porque o desperdício tem um custo suportado pela sociedade.

Isto vem a propósito de um estudo da DECO em que se afirma que a rede pública de abastecimento de água tem uma perda média da ordem de 28,5%, com situações tão anómalas como esta (falando de extremos) : perda em Mondim de Bastos 2%; perdas em Alandroal 54%.

As razões são muitas, equipamentos, furos, regas e desvios no abastecimento.

Ora, esta situação reflecte-se também na qualidade da água.

E o mais grave de tudo, diz o estudo, é que ninguém, ninguém mesmo, é responsabilizado em todo este processo. Já perceberam que temos de pagar este desperdício. Se se generalizar esta situação a muitos outros domínios, certamente poderíamos pensar quanto as nossas facturas mensais poderiam ser bem menores. mas numa terra de fado, sem ofensa ao canto, certamente encolhemos os ombros.

Afinal, em matérias como esta, algo nos diferencia de uma mentalidade do chamado terceiro mundo?


Comments:
Depois de ler esta noticia vou já dar ordem ao jardineiro para parar de lavar e relavar a piscina,poupar água com as plantas e árvores exóticas no meu condomínio fechado.Ah estou esquecido vou prevenir também alguém dos campos de golfe!É urgente Não lavar as ruas de Lisboa,é urgente.Qual é a geografia deste desperdício! Por agora! Pobre portugalito,como diz a poeta minha amiga!
 
Veja-se, se há alguma alma que pare aqui,é nosso, andamos sempre a pôr àgua na fervura . Fervemos em pouca àgua,metemos àgua queixando-nos logo ao mais próximo do acto,esquecemo-nos, lavamos logo as mãos como Pilatos, se nos preocupamos com algum grão de má consciência,adverter-nos o ditado de que àguas passadas não movem moinhos. Ser portuguesito é assim...
Se os projectos falham dizemos que ficaram em águas de bacalhau, porque aquilo dava àgua pelas barbas, era qualquer coisa duvidosa, trazia água no bico! Em meter água ninguém nos ganha porque, como no momento actual até pescam por nós em águas turvas!
 
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