2007-06-21
Uma notícia preocupante
Acabo de ler na secção do DN Última Hora o seguinte:
"Denúncia . Parpública pede desculpas
"Denúncia . Parpública pede desculpas
A Parpública admitiu que errou ao denunciar uma funcionária da Fábrica Mendes Godinho que alertou o fisco por alegadas dívidas fiscais da empresa. A Parpública vai apresentar um pedido de desculpa a Alice Marques, que viu as suas perguntas enviadas às Finanças acabar nas mãos de uma administradora da Mendes Godinho que exerce funções na Parpública, de acordo com o site PortugalDiário. Alice Marques acabou por desvincular-se da firma".
Para já é uma notícia curta a exigir muito mais investigação no sentido dos cidadãos serem informados e avisados.
Questões que se levantam a este caso gravíssimo, entre outras.
Primeiro, tudo começa por uma denúncia. Quem era essa funcionária? Porque há funcionárias (os) que podem ser ou não obrigados a comunicar irregularidades ao Fisco para não serem corresponsáveis.
Segundo, a Parpública é uma empresa pública, dependente das Finanças. Mas certamente a denúncia foi feita ao fisco e não à Parpública. Como chega então a denúncia da Alice Marques à Parpública?
Terceiro, como pode uma administradora da fábrica Mendes Godinho exercer funções na Parpública? Não há regime de incompatibilidades? Não se trata de uma pessoa qualquer, mas de uma administradora. E que funções exercia?
Quarto, a funcionária Alice Marques acaba por ser despedida, embora a notícia lhe dê outro nome.
Neste imbróglio todo, não terá a Parpública de ir para além de um simples pedir de desculpas a Alice Marques? Não terá o ainda Director Geral dos Impostos de explicar como um papel enviado, pressuponho ao fisco, é pelo menos isso que diz a notícia foi bater à Parpública e foi ter às mãos de uma senhora administradora da empresa visada que presta funções na Parpública?
Não haverá aqui contornos criminais?
Acho que esta situação deveria resultar num inquérito bem fundo promoido pelo Ministro das finanças e apurados os contornos serem aplicadas as devidas penalizações.
Gostaria de ouvir opinar os "nossos" fiscalistas sobre este caso.
Comments:
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Este caso é muito mais grave que o da DREN.
Ontem fiquei estupefacta ao ler a notícia, que não continha estes pormenores.
Hoje, de visita a vários blogues, ainda não dei conta de alarido maior do que o da DREN.
Falta-me ainda visitar O Jumento.
Ontem fiquei estupefacta ao ler a notícia, que não continha estes pormenores.
Hoje, de visita a vários blogues, ainda não dei conta de alarido maior do que o da DREN.
Falta-me ainda visitar O Jumento.
O que espero é uma investigação mínima para que esta questão se aclare. Tenho informações não testadas que aqui há alguns imbróglios que vêm de trás, bem mais graves que o caso DREN, embora esse deixe muito a desejar
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