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2007-07-26

 

Auto-retrato


Espáduas brancas palpitantes:
asas no exilio dum corpo.
Os braços calhas cintilantes
para o comboio da alma.
E os olhos emigrantes
no navio da pálpebra
encalhado em renúncia ou cobardia.
Por vezes fêmea. Por vezes monja.
Conforme a noite. Conforme o dia.
Molusco. Esponja
embebida num filtro de magia.
Aranha de ouro
presa na teia dos seus ardis.
E aos pés um coração de louça
quebrado em jogos infantis.

Natália Correia
Poesia Completa, Publicações Dom Quixote, 1999.


Comments:
Falta-nos a Natália é verdade! Queria enviá-la num verso,mas aproximo-me da estante e entrego-lhe um poema de SOPHIA.

SALGUEIRO MAIA

Aquele que na hora da vitória
Respeitou o vencido

Aquele que deu tudo e não pediu a paga

Aquele que na hora da ganância
Perdeu o apetite

Aquele que amou os outros e por isso

Não colaborou com sua ignorância ou vício
Aquele que foi >Fiel à palavra dada
à ideia tida>
Como antes dele mas também por ele
Pessoa disse
Sophia,in Musa
cordialmente
 
Só posso mesmo é agradecer.
 
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