.comment-link {margin-left:.6em;}

2007-07-22

 

Força de expressão (4)

Cavaco Silva teve uma saída presidencial ao jeito de piada barata. Perante o incumprimento da nova lei do aborto na Madeira, aconselhou as interessadas a recorrerem à ...justiça. O chefe do Estado recordou que “quando a legislação não é aplicada, os cidadãos podem recorrer a instâncias próprias, ao sistema de justiça.”

Conhecendo, sua excelência, a natureza imparável do relógio biológico e o carácter lesmo-caracólico da máquina da justiça, só poderia estar a ironizar. Ora como está praticamente arredado de qualquer registo conotativo, só se pode tratar de um monumental, imponente e arquipatético disparate.

Com democratas destes, bem pode o parlamento legislar à vontade...


Comments:
Caro senhor,
aqui venho simplesmente não para discordar do conteúdo do seu poste,mas para fazer um pequeno reparo no português.De facto não se diz incumprimento,mas não cumprimento e à vontade ,deve- se escrever ligado por hífen.
Quanto ao equivocadamente do meu caro Narciso Raimundo,muito haveria a dizer porque existe a palavra equívoco e inequívoco , como seu antónimo, ora ele refere um advérbio de modo existente, equivocadamente,mas o que está em causa,aí não é uma questão de forma ,mas de conteúdo que ele teima em não olhar para o significado e a deixar-nos perplexos! Não venho aqui para me distrair nem distrair ninguém`. Mas, já alguém falou da entrega do Palácio,Consulado, em Sevilha ,pelo P.S ?
Com os meus cumprimentos
 
Caro anónimo,
muito obrigado pela atenção. Apesar de não comungar, em nenhum dos casos, das normas que invoca e que fariam de "incumprimento" e de "à vontade" desvios obtusos ao exercício do português, tal como o meu caro o entende, agradeço-lhe, de qualquer modo, que tenha manifestado a sua opinião, apesar de não vir fundamentada. Lamento estar em desacordo quanto a isso. Já o mesmo não acontece com a "entrega do palácio", de que nunca ouvi falar. Se quiser fazer o favor de desenvolver, agradeço.
Cordialmente
 
Meu caro,

Não leia o que lá não está. Não se trata de comungar ou não, está errado! Consulte quem quiser.... Ou então explique por que razão diz incumprimento ,só porque todos o dizem,nem sempre o uso faz o padrão; à-vontade precisa de hífen ! Não são erros graves aparentemente,mas a língua é um tesouro que é deixado a todos os povos e como tal deve ser estimado! Não se escrevem assim e pronto , pressistir, sim é que de obtuso e a palavra é sua ! Quanto ao consulado em Sevilha falarei depois,agora não tenho tempo ! cordialmente
 
Meu caro,

Não leia o que lá não está. Não se trata de comungar ou não, está errado! Consulte quem quiser.... Ou então explique por que razão diz incumprimento ,só porque todos o dizem,nem sempre o uso faz o padrão; à-vontade precisa de hífen ! Não são erros graves aparentemente,mas a língua é um tesouro que é deixado a todos os povos e como tal deve ser estimado! Não se escrevem assim e pronto , pressistir, sim é que de obtuso e a palavra é sua ! Quanto ao consulado em Sevilha falarei depois,agora não tenho tempo ! cordialmente Ps leia com atenção o poste e verifiqueonde encontra obtuso, a língua é de todos mas aí,no poste os erros são seus ,se a língua fosse uma questão de comungações estava o meu caro e eu nos seminários a aprender latim!
 
Não resisto. A palavra "incumprimento" já vem registada em alguns dicionários. Ver, por exemplo, Novo Dicionário Compacto da Língua Portuguesa.
"A noção de 'correcto' não é estática. As línguas são 'organismos vivos' em permanente evolução".
Quanto ao "à vontade", o sr. anónimo aconselha um erro.
Vejamos:
Bem pode o Parlamento legislar à vontade (a bel-prazer).
Este Parlamento legislou com um grande à-vontade (naturalidade). Só aqui a palavra é um substantivo.
Não resisti ao à-vontade com que o sr. anónimo afirma os erros à vontade.
fernanda castro
 
Meu caro Anónimo,
O «meu» «à vontade», que também é seu, enquanto falante do português, está bem escrito, assumindo, substantivo feminino que é e precedido da partícula à (contracção da preposição «a» com o artigo definido, na sua forma feminina singular «a»), o significado de «sem constrangimento». Sintacticamente fi-lo jogar a função de complemento circunstancial de modo.
Já «À-vontade», também substantivo, mas masculino toma dominantemente o significado de «com naturalidade»,e sintacticamente vêmo-lo mais com a função de complemento directo.

Quanto à palavra «incumprimento», lamento informá-lo de que existe, está bem formada – in (prefixo de origem latina que exprime negação) + cumprimento, «não cumprimento, falta de cumprimento» – e já se encontra dicionarizada. Veja,entre outros, o Novo Dicionário Compacto da Língua Portuguesa, de António Morais Silva (Horizonte/Confluência, Lisboa).

Se mantiver dúvidas quanto a estes dois casos, diga-me, por favor. Terei todo o gosto em remetê-lo para mais desenvolvida literatura linguística e filológica.

Volte sempre que tiver tempo.
 
Muito obrigado à Fernanda Castro pelos seus esclarecimentos. Tivera eu lido antes o seu comentário e desnecessário se teria tornado o meu.
Gostei particularmente da sua achega quanto à noção de «correcto» aplicada à língua portuguesa.
Ficamos, eu e o severo anónimo, em boa companhia.
Quem muito reviu e emendou sabe mais do ofício do que qualquer de nós (eu e o nosso anónimo oponente).
; )
 
Olá a todos.
Se eu fosse ao anónimo, para lixar o Manuel, ter-lhe-ia antes perguntado onde é que ele foi desencantar as expressões "lesmo-caracólico" e "arquipatético".
Mas como o sisudo anónimo não deu por nada, não vou eu pôr-me aqui a denunciar um rapaz que até se desenrasca a escrever, com bastante fluência e invenção poética.
Cada qual embirra com o que julga seu da língua que fala.
Muito boa noite, senhoras, senhores.

Zé da Bastilha
 
Não me interessa o que as editoras dicionarizam ,vou pouco por aí,interessa-me o que diz a Academia,encontro muitas diferenças em vários dicionários.
É claro que não descurei a ideia de Saussure de que a língua é um organismo vivo e etc e coisa e tal, como se pode ver no meu poste.Lexicalmente incumprimento está errado,embora o seu contrário, seja cumprimento.Nem sempre os prefixos de negação são exactos quando se quer operar por prefixação. o contrário de cumprimento é não cumprimento e não há voltas a dar! Claro depois de informado ,o meu caro Correia vem como raposa noviça ,dizer o que outros disseram ,como se fossemos inocentes.Está correcto o que A sra Fernanda Castro afirma quanto ao funcionamento sintáctico do À VONTADE E DO À-VONTADE! RESISTIR PARA QUÊ ! Não se trata aqui de uma luta de judo ou de uma manifestação para/ ou incumprimento .... Mas tenha a bondade de me explicar por que razão e dito por raimundo Narciso no deu poste afirma....inequivocadamente e não de outra forma? É capaz? Voltem sempre compadres e comadres . A si, meu Caro Correia, imagino as voltas que deu!
 
Meu caro anónimo das 19.31

Eu dou sempre pelas liberdades poéticas! Imagine você, o trabalho que têm a esclarecer-me ! Pois está certo, se tudo anda pela rua da amargura ,puxar pela língua faz bem a todos/as .Já viu quantos livros me recomendam ! E com as explicações são detalhadas!
 
É realmente interessante ver como o bom povo português se atem ( do verbo ater para que não restem dúvidas linguísticas ) à forma desprezando de todo o conteúdo. Só por aqui se vê como já teria passado o prazo legal da IVG antes que fossem derrimidas as questões de apresentação do pedido!
 
Meu caro Rui
É verdade o que diz,mas ele há coisas! Escrevi ele há ,ora aqui está algo que eu vou pensar,eu e o nosso amigo e sra da lingua viva,Ah ,já sei FERNANDA DE CASTRO COMO A ESCRITORA DOS BECOS E SAR DINHEIRAS!
ATé breve
 
Fico por aqui. O anónimo gramatical além de severo é muito teimoso e não se mostra interessado em aprender nada. Nem com a ajuda da Fernanda Castro, ele se desimagina. Nada a fazer. O Rui P. Bebiano disse bem. Tanta gramática para um Presidente da República que não faz cumprir uma Lei da República na Madeira. Momento negro da conduta presidencial. Alberto João, correlegionário de Cavaco Silva, desafia o Estado Democrático, e o Chefe desse Estado remete para os tribunais.
A não perder os próximos episódios. Absolutamente.
 
Ah!, e obrigado tb ao Zé da Bastilha por ter vindo deitar gasolina no fogo. «ádes cá vir, ádes».

; ))
 
Venho de chegar,como diria o Eça, e inaceitável no contexto da língua portuguesa,mas admitido de acordo com o efeito literário pretendido, eis que encontro um erro e uma provocação grosseirona,em termos elegantes de carroceiro-mor! O erro está escrito,é só procurá-lo ou pedir assessoria,a Fernanda de Castro, creio a senhora das línguas como organismos vivos e das evoluçõesetc e tal, a grosseria encontra-se presnte não só no tom paternalista, como nas coisa,do ele se desimagina,aqui esclareço é verdade que existe na variedade da língua portuguesa em Moçambique e Angola e pode ser fala do povo ou não, e encontra-se presente em Luandino Vieira e no escritor brilhante que é Mia,apesar deste escritor ter passeado muito por Guimarães Rosa. Com A sra Fernanda eu aprendo só que ainda não me foi explicado o advérbio equivocadamente? Venha daí a explicação! e como cheguei aqui como quem vai ali e já vem a palavra que está mal escrita é correlegionário,não é assim,mas correligionário ou também é uma questão de dicionários e mais não digo ,porque ....
Moçambique, Angola
 
O sr da Bastilha passou por cá!
cordialmente
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?