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2007-08-15

 

Louçã contra acordos de Governo?

Francisco Louçã zanga-se, no Público de hoje, com Vasco Pulido Valente, "um burguês enfastiado", porque este vaticina que o acordo entre "O Zé" (José Sá Fernandes) e António Costa na CM de Lisboa "inaugura a passadeira para o Governo". E Louçã explica que há uma grande diferença entre autarquias e governo além de que Lisboa é um caso especial.
Louçã diz que quer pôr fim ao "rotativismo" PS - PSD (ou PSD+CDS) e que " à esquerda o Bloco quer acabar com a hegemonia do PS" ... que "no dia de prestar contas haverá uma alternativa ao Governo de Sócrates e essa alternativa contará com o Bloco e com muitos votantes socialistas que defendem as políticas socialistas. Esta alternativa é irredutível e não se coligará com o PS, porque se compromete com as políticas que contrariam o desvario liberal deste Governo."
Não sei se Louçã pensa exactamente assim ou se acha que é conveniente, hoje, dizer isto.
Mas apesar do descrédito a que os aparelhos partidários têm conduzido os partidos e em consequência o chão partidário andar um tanto movediço com as candidaturas independentes e não me refiro apenas às de Roseta e Carmona mas também às outras às dos Valentim Loureiro e Fátima Felgueiras, apesar do descrédito não me parece que esteja no horizonte um terramoto que estilhace o PS ou o PSD e ajude Louçã. E assim sendo esta posição do BE parece-me querer repetir o posicionamento "orgulhosamente sós" do PCP. E pretender ser um partido de protesto. Se se trata de uma posição de princípio é uma posição errada e os seus efeitos seriam negativos para o povo de esquerda. Naturalmente que se para o PS, numas próximas eleições, for necessário e suficiente um acordo com o BE é óbvio que terá de haver concessões de parte a parte e, se houver a maleabilidade necessária, uma plataforma política aceitável para os dois partidos. Isso só poderá ter o apoio da esquerda política e sociológica.
Se o BE se colocasse fora do jogo político que tem eficácia governamental, não para satisfazer umas clientelas mas para satisfazer a maior parte dos Portugueses, então não serviria para grande coisa. Mas parece-me óbvio que o BE não seguirá nesta questão o trilho do PCP.

Comments:
Claro que o Raimundo está fartinho de saber que quem nunca quis entendimentos nacionais com o PCP foi o PS (e logo desde o I Governo Constitucional e até antes), mas isso são "pormenores" que arredou para não atrapalharem a linearidade da argumentação. Como é sempre simples a história que interessa difundir...
 
Tão cedo a Margarida não brinca em serviço!É claro como a àgua dos jardins do bloco de esquerda que esta organização quer passar direitinha para os corredores do PS, por isso Louçã responde a Polido Valente zangado com a marca dos charutos e do uísque daquele abominável articulista que faz escola,isto é ideias, na opinião pública. Louçã virá a ser ministro do P.S, é este um dos segredos de Fátima! Agora Senhor Narciso, misturar nomes, como Helena Roseta no meio da corja ou das migalhitas do poder, convenhamos que é muito!Não lhe parece?Li um artigo do Júdice acerca do ps e do psd que me deu que pensar.... E este costista de oportunidade nunca me entusiasmou sinceramente! Creio ainda em Helena Roseta e não é por falta de melhor confesso,não deve misturá-la com os demais, a não ser que goste de especular enquanto os comunistas refazem as suas bases! atentamente
 
Quanto ao que disse o Louçã, é a já tradicional prova de vida após férias. Há dois anos saiu-se com o "seremos os terceiros", agora é o "seremos os primeiros", mas a verdade é que continuam os quintos.
 
Oh Margarida você não tem emenda, não evolui. Então não percebe que isso não é conversa para blog. Isso é conversa de madrassa (madrassa do Wasiristão) O PCP queria entendimentos com a direita? Mas o PS é a direita!
O PCP só aceitava entendimentos na base do Corão, quero dizer, do marxismo-leninismo. Só pode haver acordos com cedências mútuas.
 
Parece-me que o anterior SG do PP ainda está à espera de uma resposta do anterior SG do PS António Guterres sobre discussões para viabilização de um Orçamento de Estado. Ele nem sequer respondia a convites para negociações. E o Soares idem, idem, aspas, aspas. Mas depois chamam fundamentalistas aos outros.
 
Para preservar a minha estima pela Margarida e garantir o seu olhar atento à heterodoxia retiro todas as referências antipáticas às madrassas e ao Wasiristão. Pronto acabo de fazer "o meu exane de consciência". E esta de "exame de consciência em vez de auto-crítica!
 
E não satisfeitos com o que fizeram em Portugal parece que exportaram agora o modelo de "isolamento" para Timor-Leste com a agravante de por lá a Fretilin ser - e continuar a ser - o partido mais votado.
 
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