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2007-08-21

 

Vasco Graça Moura. O da política

Artigo de Vasco Graça Moura (VGM) no Público de hoje [diz que é uma espécie de magazine]:
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Milho para os Abutres

A destruição deliberada, organizada e selvática de um campo de milho transgénico por umas dezenas de malfeitores, à luz do dia e nas barbas de uma GNR vergonhosamente inoperante, é um dos maiores escândalos criminais e políticos dos últimos tempos.
[Desculpem lá "selvática"? "Um dos maiores escândalos criminais e políticos dos últimos tempos"? Realmente isto do milho não se compara com o Iraque, o Darfur ou Guantânamo ou, cá por casa, com o escândalo da Casa Pia.]
Espera-se que, para além da acção penal que se impõe, o Ministério Público não tarde a promover a dissolução dessa tropa fandanga que dá pelo nome de Verde Eufémia (as conotações políticas estão à vista) e que justifica insolentemente o seu recurso à acção directa a gozar com a Constituição Portuguesa e com os princípios fundamentais do Estado de direito.
Não seria de estranhar que o caso levasse à demissão do comandante-geral da GNR, do ministro da Administração Interna, do próprio Governo. [Não seria de estranhar? Que o Governo caísse com o milho? O artigo é no gozo ou VGM está a falar a sério?]
A GNR revelou-se impotente para assegurar a ordem pública, a defesa da propriedade privada, a segurança de pessoas e bens, a produção de riqueza, o respeito da lei.
A sua passividade responsabiliza gravemente o Estado e cria um precedente inaceitável num país civilizado. [Dissolva-se a GNR. Já! Declare-se o Estado de Sítio]
O ministro que levou 48 horas a reagir, e o Governo, pateticamente amorfos e irresponsáveis, coonestaram pelo silêncio dúbio uma enormidade destas! [Isto é de doidos. O governo deveria ter reunido de emergência e, envergonhado, pedido a demissão ao PR deputado europeu VGM]
É possível que o Presidente da República não leve este caso às últimas consequências, apesar de, para vexame e desonra do país, ele atingir o próprio cerne do Estado de direito, violar torpemente a Constituição, mostrar a inépcia intolerável dos governantes e das autoridades e ocorrer quando temos a presidência da União Europeia. ["vexame e desonra do país" Ah o artigo é no gozo. Afinal é mesmo no gozo. Deve ser para pôr alguns blogues da área do PSD a ridículo]
É possível que ele entenda não ser ainda ocasião de usar os seus poderes nesse sentido, para não sobressaltar ainda mais negativamente o quadro de deficiências insolúveis em que vivemos com este Governo. Mas não duvido de que tenha ponderado seriamente essa solução. [Se calhar vontade não lhe falta, VGM lá saberá, mas há o problema do timing e com Marques Mendes... bah. O melhor mesmo seria convocar uma reunião do Conselho de Segurança da ONU]
Por muito menos do que isso, Sá Carneiro impôs a substituição do comandante-geral da PSP: uma mulher- polícia tinha feito declarações quanto a aspectos atinentes à segurança do primeiro-ministro.
Por muito menos do que isso, Cavaco Silva levou o seu ministro do Ambiente à demissão: Carlos Borrego tinha contado uma anedota de mau gosto.
Por muito menos do que isso, Jorge Sampaio fez rolar a cabeça de Santana Lopes e dissolveu o Parlamento: a causa próxima foi o pedido de demissão de Henrique Chaves. [Ah, esta é do mais fino humor: "por muito menos Jorge Sampaio demitiu Santana Lopes".]
O PSD reagiu como se impunha. Nem outra coisa seria de esperar de Marques Mendes. [Claro, tem dado, aliás, boas provas de Estadista ultimamente, na Madeira e no Pontal] Mas os partidos de esquerda estão muito caladinhos. É sintomático.
O primeiro milho não é para os pássaros vulgares. Ficou demonstrado que é para os abutres. Deputado do PSD ao Parlamento Europeu
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É uma pena não se tratar de um artigo humorístico. É que nem a silly season explica isto. Paciência. Juro que isto não vai diminuir em nada a minha admiração pelo grande homem de letras que ele é. Mas quanto a política... estamos conversados.

Comments:
Aqui pôs-se os pontos nos is!
ninguém passará cá!
Não sei se alguém cantou ao poetrasto, como o fez Lúcia Sigalho , quando ele pretendeu enxovalhar os artistas há anos atrás ,como diz o outro ,mal tenho tempo para ler jornais e revistas,... Veremos daqui a uns anos quem nos presenteia no seu curriculum activo a passagem por Silves ! Anónimo
 
Este Vasco ganha bem mais como político do que como escritor e poeta. Pagam-lhe mais pelo estrume do que pela poesia.
 
Não sei o que ele ganha como poeta, tradutor, romancista, compilador ou antologista, sei que pública em barda: ganhou o prémio Pessoa com uma tradução do italiano de Dante pressupôs logo o Júri, sabemos que aquela língua também é dominada pelo dito?! Pessoalmente tentei lê-lo e não consigo. Preconceito, admito tenho direito aos meus preconceitos, como qualquer mortal. Agora o que eu não sei, é como com esta fecunda actividade literária servida na crítica, por quem às vezes não duvidamos, tem o senhor deputado tempo para se dedicar às matérias europeias. Ele é Eurodeputado é pago para isso! E quando comenta a realidade portuguesa, num àpice percebe-se que não a acompanha e passa rapidamente ao mais soez insulto, à tabua rasa,está escrito neste poste pelo autor, respondido a vermelho, independentemente da opinião de cada um sobre o caso de Silves. Nunca ninguém lhe assaca responsabilidades, a ele, a esse senhor... Discordo apenas do título do poste, porque não Separo o escritor com tanta facilidade do político. Preconceito admito, porque não o li para separar com ligeireza. Mas manifesto mais uma vez o meu total repúdio sobre o que escreveu! Quem o lê poderá explicar por que razão, eu estarei atento!
 
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