2007-10-08
Corrupções
O Raimundo comenta Pulido Valente sobre o estado e a corrupção, tudo isto em abstracto. Em França a actualidade traz-nos à liça dois casos concretos que são exemplares do fenómeno descrito.
O primeiro é a suspeita de "inside trading" (que me desculpem os leitores a ignorância do termo português) por parte dos dirigentes de EADS. Algumas semanas antes do anúncio oficial do atraso na entrega dos primeiros A380 alguns dos principais dirigentes, quadros e accionistas da EADS venderam vários milhões de euros de acções e exerceram opções. O facto de um dos principais beneficiários ser Arnauld Lagardére (amigo pessoal de Sarkozy) e de a "Caisse des Dépots" (banco do estado) ter comprado as acções tem feito correr muita tinta. Temos aqui um exemplo dos problemas que a promiscuidade entre o estado e os interesses particulares pode causar, neste exemplo concreto os principais prejudicados são os accionistas que não tiveram acesso à informação privilegiada e que viram o valor do seu património baixar substancialmente e também os contribuintes que assumem indirectamente os custos da má gestão do CDC.
No segundo caso um dirigente de uma associação patronal (federação da metalurgia) levantou vários milhões de euros em notas das contas da associação e recusa-se a dizer a que fins se destina tanto dinheiro. Desde que a comunicação social começou a relatar suspeitas de que o dinheiro seria para corromper sindicatos que negoceiam convenções colectivas as principais centrais têm vindo a público desmentir.
Mais informações sobre a EADS podem ser vistas no artigo do Monde aqui. Sobre o escândalo Denis Gautier-Sauvagnac ver o artigo do Libération aqui.
O primeiro é a suspeita de "inside trading" (que me desculpem os leitores a ignorância do termo português) por parte dos dirigentes de EADS. Algumas semanas antes do anúncio oficial do atraso na entrega dos primeiros A380 alguns dos principais dirigentes, quadros e accionistas da EADS venderam vários milhões de euros de acções e exerceram opções. O facto de um dos principais beneficiários ser Arnauld Lagardére (amigo pessoal de Sarkozy) e de a "Caisse des Dépots" (banco do estado) ter comprado as acções tem feito correr muita tinta. Temos aqui um exemplo dos problemas que a promiscuidade entre o estado e os interesses particulares pode causar, neste exemplo concreto os principais prejudicados são os accionistas que não tiveram acesso à informação privilegiada e que viram o valor do seu património baixar substancialmente e também os contribuintes que assumem indirectamente os custos da má gestão do CDC.
No segundo caso um dirigente de uma associação patronal (federação da metalurgia) levantou vários milhões de euros em notas das contas da associação e recusa-se a dizer a que fins se destina tanto dinheiro. Desde que a comunicação social começou a relatar suspeitas de que o dinheiro seria para corromper sindicatos que negoceiam convenções colectivas as principais centrais têm vindo a público desmentir.
Mais informações sobre a EADS podem ser vistas no artigo do Monde aqui. Sobre o escândalo Denis Gautier-Sauvagnac ver o artigo do Libération aqui.
Comments:
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Meu Caro Pedro interessante este teu post. Mas o comentário é para dizer que enquanto escrevias o teu post eu fazia uns acxrescentos nas considerações finais do meu. Mas estas não alteram nada que colida com as tuas informações.
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