.comment-link {margin-left:.6em;}

2007-11-19

 

Perderam-se muitos milhares de empregos qualificados ...

... na nossa economia nos últimos anos. Ouvi os comentários gerais de hoje, que não convencem pelo contrário desinformam e alguns são mesmo ridículos.

É a oposição a tentar tirar dividendos do facto, da pior forma, sem tocar nos fundamentos do problema. É o governo a fazer má figura pelo voz do Ministro Vieira da Silva pela mesma razão.

Será que o senhor Ministro vem pôr em causa o INE? O INE fez o seu trabalho. Registou estatísticas, tão credíveis agora, quanto o foram quando simpáticas ao governo.

Alguns factores explicativos para esta situação. Um, será o modelo económico que o país há muitos anos pratica e que há muito bateu no fundo. Um modelo baseado em baixa tecnologia, recursos humanos pouco qualificados, e um tecido empresarial de pequenas/médias empresas sem dimensão crítica e espírito de cooperação entre si. E muitas foram as causas da duração deste modelo, entras elas, não é alheia a lógica de aplicação que presidiu aos anteriores quadros comunitários de apoio. o dinheiro fácil. Depois, um ensino que, no fim da linha, forma demasiados licenciados pouco ajustados às necessidades da economia que, até há pouco eram absorvidos, sobretudo pela Administração Pública. A necessária reforma da Administração Pública em sentido amplo veio gorar esta absorção e aumentar a taxa de desemprego entre os detentores de habiltações superiores.

Como se sabe o Estado estancou o recrutamento e no campo do ensino não tem renovado contratos com o ritmo de anos anteriores.

A economia permanece indiciando algumas mudanças nomeadamente na qualidade dos produtos exportados onde as estatísticas mostram que as produções actuais estão a incorporar mais tecnologia do que em anos antes (desta estatística o Governo gosta) mas a ritmos que não são ainda compensadores do desemprego criado. ou dos licenciados chegados ao mundo do trabalho.

Refira-se que todas as economias em processo de mudança atravessam períodos críticos de adaptação. A questão que se coloca no caso português é o da duração desse período. Tenho dúvidas que não seja longo, por uma razão simples, não vejo actores públicos nem privados, capazes, para sustentar a mudança dinãmica e bem alicerçada. Os exemplos pululam por aí. É só olhar.

Comments: Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?