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2007-12-21

 

Isto do BCP está para durar

Ontem ouvi na TSF as razões da escolha do politólogo José Adelino Maltez, penso que Professor do ISCSP, sobre a escolha da personalidade portuguesa do ano: Joe Berardo.

Achei alguma piada das razões "de humor sério" invocadas e até sou levado a concordar em grande parte. Trata-se de uma "rixa" entre o pobre agora rico e o aristocrático que também enriqueceu, num país onde os mecanismos de mercado funcionam muito pobremente. Dois ricos de origens genealógicas diversas à disputa contra um pobre, a economia. Imagem excelente.

Na realidade, estamos num país de economia controlada, se não é o Estado é o sector privado que ditam as regras. São grandes os laivos ainda do condicionamento e onde o mercado está lá bem ao longe. O mercado continua, em grande parte, manipulado por mãos obscuras.

Uma questão, no entanto, se nos coloca. Como se passam as coisas nos países que se dizem de economia de mercado?

Não sei se os economistas respondem sem respirar fundo. Haverá mesmo economia de mercado a sério?

Qual o papel da regulação?

Em Portugal pouco ou nenhum. De uma maneira geral frágil. Por exemplo, em 2004, o BP (gestão Vítor Constâncio) mandou arquivar o "mesmo dossier" hoje em grande polémica no BCP.

Pode admitir-se que haja defensores, por exemplo de Filipe Pinhal para que possa encabeçar a nova gestão, pós Jardim Gonçalves quando é ele a pessoa que, ao lado de Jardim Gonçalves, mais responsabilidades tem neste emarinhado que pouco dignifica nacional e intenacioanlemente o sistema financeiro português?

Acho muito bem que Teixeira dos Santos esteja preocupado com a questão e desenvolva todos os esforços para que se saia da lama em que o sistema bancário mergulhou, porque de tão má imagem internacional já chega.

E há que apurar responsabilidades com as penalizações que, em qualquer outro país, seriam normais.


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