2007-12-09
O Contrato
Num dos últimos episódios da GUERRA de Joaquim Furtado, exibidos pela RTP, aparecem os filmes e os testemunhos do trabalho escravo (trabalhos forçados) usado massivamente nas colónias portuguesas até à eclosão das guerras de libertação, iniciadas nos anos 60 do século passado. Tão distante e tão próximo!
Os Portugueses, campeões do tráfico de escravos e da sua exploração intensiva, especialmente no Brasil, até pelo século XIX dentro continuámos a usá-lo em moldes pouco distintos até há pouco. Não era raro - diziam no filme de Joaquim Furtado - ver destes trabalhadores castigados a trabalharem com correntes nos pés. Era o "contrato".
Via o filme e toda aquela nossa acção "civilizadora", "cristã","humanitária", "evangelizadora" eis senão quando surge entre os entrevistados o muito respeitado "empresário africanista" Cardoso e Cunha a dar o seu contributo para o contraditório:
Os Portugueses, campeões do tráfico de escravos e da sua exploração intensiva, especialmente no Brasil, até pelo século XIX dentro continuámos a usá-lo em moldes pouco distintos até há pouco. Não era raro - diziam no filme de Joaquim Furtado - ver destes trabalhadores castigados a trabalharem com correntes nos pés. Era o "contrato".
Via o filme e toda aquela nossa acção "civilizadora", "cristã","humanitária", "evangelizadora" eis senão quando surge entre os entrevistados o muito respeitado "empresário africanista" Cardoso e Cunha a dar o seu contributo para o contraditório:
«Nos Cuanhamas, esses povos do Sul [de Angola], fazia parte da sua tradição familiar fazer alguns anos de trabalho [forçado] nessas fazendas. Não recuso que tenha havido algum excesso, mas a maior parte dos contratados eram voluntários.»
Esses Mugabes ainda têm muito que aprender.
Comments:
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"Esses Mugabes ainda têm muito que aprender"???? Não acha racista esta expressão?
Quanto aos trabalhos forçados em Angola, então não sabia que existiam? Que só podiam viver em Luanda os pretos que trabalhassem para brancos, isto é que tivessem carta de trabalho que justificava que tinham um patrão branco? Que todas as obras públicas (estradas nomeadamente) eram feitas por um x de pretos (ou mulheres e filhos) que cada fazendeiro da zona era obrigado a dispensar ao chefe de posto local, que apenas recebiam alimentação como paga?
Quanto aos trabalhos forçados em Angola, então não sabia que existiam? Que só podiam viver em Luanda os pretos que trabalhassem para brancos, isto é que tivessem carta de trabalho que justificava que tinham um patrão branco? Que todas as obras públicas (estradas nomeadamente) eram feitas por um x de pretos (ou mulheres e filhos) que cada fazendeiro da zona era obrigado a dispensar ao chefe de posto local, que apenas recebiam alimentação como paga?
Por causa desses contratos de escravatura, é que com os retornados vieram para Portugal esses africanos que encheram as "Quintas do Mocho", as "Covas da Moura", etc. vários milhares de angolanos e guineenses principalmente, que transformaram Lisboa na capital mais mestiça da Europa.
E é lembrando-se desses trabalhos de escravo, que até em risco de vida veem clandestinamente para portugal.
Os demagogos portugueses, que teorizam uma realidade, que muitas vezes apenas imaginam, porque nunca viveram, deviam era pedir uma indemnização para os milhões de africanos que lutaram ao lado dos portugueses, a fim de evitar as mortandades que nas terras deles se praticaram estes 3o anos, com as aramas mais modernas.
E que o petroleo e o suor deles próprios é que vai pagar durante mais uns largos e indefenidos anos.
Era bom que os angolanos, guineenses, e moçambicanos, se vissem cá em Portugal tão respeitados, como esses que vieram naquel tempo, se sentiam na terra deles.
E é lembrando-se desses trabalhos de escravo, que até em risco de vida veem clandestinamente para portugal.
Os demagogos portugueses, que teorizam uma realidade, que muitas vezes apenas imaginam, porque nunca viveram, deviam era pedir uma indemnização para os milhões de africanos que lutaram ao lado dos portugueses, a fim de evitar as mortandades que nas terras deles se praticaram estes 3o anos, com as aramas mais modernas.
E que o petroleo e o suor deles próprios é que vai pagar durante mais uns largos e indefenidos anos.
Era bom que os angolanos, guineenses, e moçambicanos, se vissem cá em Portugal tão respeitados, como esses que vieram naquel tempo, se sentiam na terra deles.
Isto é uma caixa de comentários e não um depósito de artigos de opinião, como os que acabo de apagar, colocados por um Luís.
Peço que de futuro coloquem os links em vez dos artigos. quem quiser vai lê-los.
Desta vez coloco eu os links que substituem os textos apagados.
http://www.odiario.info/b2-img/africarui.pdf
e
http://odiario.info/articulo.php?p=551&more=1&c=1
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Desta vez coloco eu os links que substituem os textos apagados.
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