2008-01-23
Pela nossa saúde (1)
Daqui por algum tempo (um ano e pouco, para começar), o Ministro da Saúde do Governo de José Sócrates (não sei se se lembrarão do nome dele...) será recordado por ter teimosa, persistente e arrogantemente, tentado convencer alguns portugueses de que um serviço de urgência a 30 km é tão bom ou melhor do que a 5 ou 10; de que uma maternidade em Espanha é melhor do que em Portugal; e de que a "produtividade" do atendimento clínico, impondo quotas diárias trará aos utilizadores do SMS grande felicidade e plenitude.
Quem, entretanto, tiver o supremo azar de adoecer, acidentar-se ou, pura e simplesmente, for obrigado a deslocar-se a um desses corredores infernais, sobrepovoados, em que anda tudo aos encontrões, formará livremente a sua opinião.
Daqui por algum tempo, poderemos ter esquecido o nome de Correia de Campos. Porém, na altura de confrontar o PS e a sua "Nova Esquerda" com a prova de insensibilidade, desumanidade e obstinada arrogância das suas políticas de encerramentos e concentrações de unidades hospitalares, teremos oportunidade de dizer, todos, o que pensamos.
E é quase certo que, com excepção dos entusiastas arrolados, o Governo de Sócrates será severamente responsabilizado.
Mesmo guinando soberbamente à direita, este Governo tinha obrigação de compreender que com a saúde não se brinca!
Quem, entretanto, tiver o supremo azar de adoecer, acidentar-se ou, pura e simplesmente, for obrigado a deslocar-se a um desses corredores infernais, sobrepovoados, em que anda tudo aos encontrões, formará livremente a sua opinião.
Daqui por algum tempo, poderemos ter esquecido o nome de Correia de Campos. Porém, na altura de confrontar o PS e a sua "Nova Esquerda" com a prova de insensibilidade, desumanidade e obstinada arrogância das suas políticas de encerramentos e concentrações de unidades hospitalares, teremos oportunidade de dizer, todos, o que pensamos.
E é quase certo que, com excepção dos entusiastas arrolados, o Governo de Sócrates será severamente responsabilizado.
Mesmo guinando soberbamente à direita, este Governo tinha obrigação de compreender que com a saúde não se brinca!
Comments:
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Meu caro Manuel Correia. Acho que está a morder o isco. O Governo está interessado em polarizar a discussão pública em torno da urgência e da emergência, mas os cortes atingem todo o sistema. Depois deste governo, vamos ter pior saúde, mais cara, mais longe e mais rara. Não se deixe ir na onda.
Caro Manuel Correia
Só por ignorância ou má fé não se percebe a reforma em curso, a reestruturação dos serviços de urgência é indispensável para melhorar a qualidade assitencial, o SNS para perdurar e melhorar tem que reorganizar-se ganhando mais qualidade. Qual é o país que gasta 6 milhões de euros, num Hospital tipo Anadia, onde trabalham 180 funcionários, dos quais 10 médicos, onde a taxa de ocupação não chega a 60% e onde se faz uma intervenção cirúrgica por dia. Onde se pagam pipas de massa para ter uma consulta de clínica geral a funcionar 24 horas por dia. Ou uma maternidade dessas que provávelmente você defende, com 300 partos ano, sem casuística para manter uma boa prática e onde se fazem mais de 60% de cesarianas, tudo isto contra as boas práticas de qualquer país civilizado. Ou um Centro de Saúde, onde uma parte dos médicos não atendem os seus doentes, faltam e atiram-nos para o SAP onde se multiplicam as consultas despersonalizadas, as prescrições desenfreadas e as consultas repetidas. A política do Governo está no caminho certo, libertar os médicos de família da sapização do país, melhorar a acessibilidade e a personalização de cuidados, visite uma das mais de 100 Unidades de Saúde Familiar e veja a diferença. Lamentável não conhecer o que já se fez nos cuidados continuados para pessoas idosas e dependentes, mais de 2000 camas criadas, dezenas de equipas de cuidados domiciliários. Mas a esquerda caviar continua a perorar contra CC juntando-se ao coro da direita, sem entender que a concentração de recursos é fundamental para um serviço de emergência de qualidade. Ou querem continuar a andar de um lado para o outro aos empurrões.
Só por ignorância ou má fé não se percebe a reforma em curso, a reestruturação dos serviços de urgência é indispensável para melhorar a qualidade assitencial, o SNS para perdurar e melhorar tem que reorganizar-se ganhando mais qualidade. Qual é o país que gasta 6 milhões de euros, num Hospital tipo Anadia, onde trabalham 180 funcionários, dos quais 10 médicos, onde a taxa de ocupação não chega a 60% e onde se faz uma intervenção cirúrgica por dia. Onde se pagam pipas de massa para ter uma consulta de clínica geral a funcionar 24 horas por dia. Ou uma maternidade dessas que provávelmente você defende, com 300 partos ano, sem casuística para manter uma boa prática e onde se fazem mais de 60% de cesarianas, tudo isto contra as boas práticas de qualquer país civilizado. Ou um Centro de Saúde, onde uma parte dos médicos não atendem os seus doentes, faltam e atiram-nos para o SAP onde se multiplicam as consultas despersonalizadas, as prescrições desenfreadas e as consultas repetidas. A política do Governo está no caminho certo, libertar os médicos de família da sapização do país, melhorar a acessibilidade e a personalização de cuidados, visite uma das mais de 100 Unidades de Saúde Familiar e veja a diferença. Lamentável não conhecer o que já se fez nos cuidados continuados para pessoas idosas e dependentes, mais de 2000 camas criadas, dezenas de equipas de cuidados domiciliários. Mas a esquerda caviar continua a perorar contra CC juntando-se ao coro da direita, sem entender que a concentração de recursos é fundamental para um serviço de emergência de qualidade. Ou querem continuar a andar de um lado para o outro aos empurrões.
Li uma parte e percebi logo tudo , sou muito rápido, não estou do lado das batas e uniformes que matam e administram a morte nos corredores dos hospitais... mas tenho poucas pertenças , nem almejo presidência de junta de freguesia...
cordialmente
cordialmente
Ilustríssimo(a) Avicena,
começa o seu comentário impondo um pressuposto que é simultaneamente um processo de intenção a quem discorda dos seus pontos-de-vista genéricos. "Só por ignorância ou má-fé, etc".
É uma táctica quase tão velha como a outra de que as reformas a fazer só poderiam ser estas (com estas opções, calendários e pressupostos).
Acmpanhando-o no seu atrevimento em julgar os outros, digo: piores que os amantes dos regimes concentracionários, só os amantes do pensamento único disfarçados de democratas.
Cordialmente
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começa o seu comentário impondo um pressuposto que é simultaneamente um processo de intenção a quem discorda dos seus pontos-de-vista genéricos. "Só por ignorância ou má-fé, etc".
É uma táctica quase tão velha como a outra de que as reformas a fazer só poderiam ser estas (com estas opções, calendários e pressupostos).
Acmpanhando-o no seu atrevimento em julgar os outros, digo: piores que os amantes dos regimes concentracionários, só os amantes do pensamento único disfarçados de democratas.
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