2008-01-21
Um problema de Marajá
A menos que... e é aí que a história começa. O Marajá compadeceu-se e amnistiou-o das 100 chicotadas mas com a condição de ele resolver um problema muito simples:
- Em cima desta mesa estão 124 moedas de 1 rupia... mas antes deixa-me vendar-te os olhos. Todas estão viradas com a minha cara para baixo excepto 4 que têm a minha cara virada para cima. Agora tu, de olhos tapados, vais pelo tacto dividir este grupo de moedas em dois grupos de tal modo que em cada grupo fique o mesmo número de moedas com a minha cara para cima .
Mas, alto lá... vais calçar umas luvas para não te poderes aperceber pelo tacto de quais são as moedas que têm a minha cara para cima ou para baixo. Tens meia hora - sentenciou o Marajá.
O desafio é este, caro leitor, ponha-se na pele do nosso homem e veja se escapa ao marajá.
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Marajá era o equivalente a um grande imperador na civilização hindu e a ideia é prestar tributo à invenção dos algarismos "árabes", à descoberta do zero e à numeração decimal. Uma revolução científica maior que a descoberta da electricidade.
Cerca do séc. VI os indianos completaram a sua numeração até aí reduzida aos símbolos de 1 a 9 com a descoberta do zero. O grande matemático árabe Al Khwarismi, três séculos depois, estudou e divulgou no mundo árabe os números indianos e a sua aritmética mas só seis séculos mais tarde, em 1200, Fibonacci começou a ensinar aos europeus a Matemática das civilizações da Índia e do mundo árabe.
Sobre a interessante história dos números aqui ou com mais pormenor aqui.
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