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2008-01-30

 

Um tigre, dois tigres...

Dois tigres fugiram da jaula. A notícia amanheceu a par da das demissões de Correia de Campos e de Isabel Pires de Lima. Logo houve quem se precipitasse a fazer chacota previsível. Teria sido um sinal cósmico, uma metáfora vital. A jaula seria o governo; tigres os ministros; e o circo seria o país.

Que falta de imaginação...

Os tigres que fugiram do Circo Chen, em tournée pela Azambuja, foram, apesar da dificuldade, recapturados. Um deles, pelo pessoal circence; o outro, ferido pelo contacto com arame farpado, entrou em stress. Só depois de atingido por dois dardos tranquilizantes, foi possível levá-lo de volta para a jaula.

Comparar tigres a ministros, o governo a uma jaula e o país a um circo, não passa pela cabeça de ninguém.

O que faltou, então, para a comparação poder tomar alguma consistência?

O cenário.

É o cenário que não se ajusta.

Se em vez dos temíveis felinos terem dados às vilas-diogo na Azambuja (mesmo à beira da Ota), tivessem esperado que a tournée passasse pelo sul - por Alcochete, p.ex. - a piada poderia nutrir-se com outros ingredientes ministeriais.

Imaginem os títulos da imprensa:

Um tigre, dois tigres, três tigres.

Depois de uma tentativa frustrada de evasão de dois tigres na Azambuja (à ilharga da Ota), desapareceram, de novo, em Alcochete (Jamé), mas desta vez em número de três, misteriosamente e sem deixar rasto. O domador, agastado, desistiu da recaptura e aposta decididamente na substituição. A relutância do domador em desfazer-se destes soberbos animais é enorme. Sobretudo em relação ao terceiro tigre, particularmente relutante na passagem da tournée do circo pelo deserto da margem sul...
Paciência. A vida do circo é assim mesmo. Coração ao alto. Antes dos palhaços ainda há mais um número com animais amestrados.
Foram-se os tigres, venham os ursos!

The show must go on!

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