2008-02-10
Confesso
Enganei-me. De facto o Ministro Correia de Campos não só quase destruiu o SNS como lançara os serviços de saúde e os de socorro no caos.
O ministro saiu e os hospitais, serviços de urgência, e outras unidades de atendimento às populações voltaram a funcionar bem, como aliás sempre funcionaram em Portugal.
Nunca mais morreu ninguém por falta de assistência na hora ou no minuto. As urgências de "conforto" confortam (se faltarem especialistas sugiro que tenham um padre. Para o conforto). Os bombeiros, nomeadamente aqueles que funcionam com camponeses voluntários (que merecem toda nossa gratidão, isso não está em causa) ficaram automaticamente apetrechados dos meios necessários, em especial meios humanos adequados.
É o que se pode concluir com o fim da gritaria em quase todos os noticiários televisivos e reportagens no Público e não só.
O país agora está bem. E dorme tranquilo. O presidente da Associação Nacional das Farmácias, o Dr. Cordeiro festeja. O bastonário da ordem dos médicos está mais reconfortado. Os médicos que não querem ser ofendidos com a obrigação de cumprir horários consideram-se dignificados.
Um mundo de enganos. É claro que havia insuficiências, por vezes graves. Mas a implementação de qualquer boa reforma na saúde com os meios, materiais e humanos, que o país tem, no panorama da saúde em Portugal é possível levar a termo sem percalços?
Eu sei que todos os que protestaram tinham as suas razões mas quase nunca tinham a ver com a Saúde, nem com Correia de Campos. Uns querem regressar depressa ao Governo, outros não querem perder privilégios (dignidade!), outros não estão para enfrentar os incómodos da mudança, outros vão atrás da gritaria, outros quererão um mundo melhor e... o pretexto mais óbvio era o da Saúde.