2008-02-20
Em leito-de-cheia (3)
1. A Ministra da Educação dá a entender que houve precipitação (alarmismo, diz ela) no modo como os responsáveis do Conservatório reagiram à iminência do encerramento do "ensino supletivo". A Ministra acha um exagero. Diz que isso não "está escrito em lado nenhum" [ver aqui]. A ser assim, a Ministra ainda está a tempo de fazer a demonstração. Passaremos, então, de um país construído em leito de cheia, para uma política desenhada em leito de colcheia. As semi-fusas ficaram para trás, fechando o 1º ciclo de governação. Agora, depois da mini-remodelação, o maestro está claramente interessado numa orquestração mais dialogante, afinada e andante.
2. Rui Ramos escreveu no PÚBLICO de hoje um texto bem desarrincado. "Acabados de nascer" (pág 41 da edição em papel). A fechar, um mote de antologia: "Vivemos todos há muito tempo num mundo demasiado velho. Não nos fica bem disfarçar a idade."
3. Em contrapartida, Teresa de Sousa, no mesmo jornal (pág. 43), num texto intitulado, "Obama ou a (im)possibilidade do sonho", lança: "Nos próximos tempos vamos ver se a magia Obama se vai extinguir ou se pelo contrário vai transformar-se num movimento imparável". O registo conservador é assim: face à mudança esperançosa, não arrisca, não alinha e reserva as previsões para ... depois do jogo.
4. Nas capas de praticamente todos os jornais, (exceptuando o "24 horas" que o passa em branco e o "Correio da Manhã" que, parcamente, lhe oferece a sua orelha esquerda), Fidel Castro retira-se. Uma silhueta que vacila em fundo de sombras. O homem que ao ser julgado em 1953, depois do frustrado ataque ao quartel de Moncada, afirmou estar convencido de que a História o iria absolver, olha à sua volta, mais de meio século depois, e hesita.
Que história o irá absolver agora?
2. Rui Ramos escreveu no PÚBLICO de hoje um texto bem desarrincado. "Acabados de nascer" (pág 41 da edição em papel). A fechar, um mote de antologia: "Vivemos todos há muito tempo num mundo demasiado velho. Não nos fica bem disfarçar a idade."
3. Em contrapartida, Teresa de Sousa, no mesmo jornal (pág. 43), num texto intitulado, "Obama ou a (im)possibilidade do sonho", lança: "Nos próximos tempos vamos ver se a magia Obama se vai extinguir ou se pelo contrário vai transformar-se num movimento imparável". O registo conservador é assim: face à mudança esperançosa, não arrisca, não alinha e reserva as previsões para ... depois do jogo.
4. Nas capas de praticamente todos os jornais, (exceptuando o "24 horas" que o passa em branco e o "Correio da Manhã" que, parcamente, lhe oferece a sua orelha esquerda), Fidel Castro retira-se. Uma silhueta que vacila em fundo de sombras. O homem que ao ser julgado em 1953, depois do frustrado ataque ao quartel de Moncada, afirmou estar convencido de que a História o iria absolver, olha à sua volta, mais de meio século depois, e hesita.
Que história o irá absolver agora?
Comments:
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Hoje li a capa do DN e o seu 'Fidel passa à história'... Pensei logo: 'Fidel passa (fica) na história'. Há uma história sempre que absolve homens como Fidel, ou se quiseres, histórias como Fidel. Mesmo depois de olhando tudo tudo no mundo em que fez o que fez.
Ó Manel, se calhar era melhor quando lá estava o Batista.Para falares destas coisas precisas de as conheceres e não falar delas só pelo que houves ou te dizem. Continua a pensares dessa maneira e ainda voltas para a ant. serpa.
Car@ anónim@ das 00:54,
Nunca sali de Cuba, mi corazón no o tengo aqui.
Isso de voltar para a Ant. Serpa soa a ameaça.
Mau...
Todavia se quiseres acrescentar algo acerca de Fidel, faz favor. A janela está sempre aberta para uma boa conversa.
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Nunca sali de Cuba, mi corazón no o tengo aqui.
Isso de voltar para a Ant. Serpa soa a ameaça.
Mau...
Todavia se quiseres acrescentar algo acerca de Fidel, faz favor. A janela está sempre aberta para uma boa conversa.
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