2008-02-19
Fidel de Castro resignou
Uma simples interrogação: não terá sido tarde demais? Cuba ainda terá tempo de apanhar o comboio e que comboio?
Quase 20 anos depois da queda do muro é muito tempo! Um mito que cai, que não parece deixar algo com sustento. Nada mudou aparentemente, mas muito se "terá bem desmoronado" lá no interior, sendo visível a perda de vitalidade do regime, as cedências ao investimento externo e bastante impreparação para enfrentar novos ventos.
Será isto assim mesmo?
Se o é, abriu-se mais um espaço para mais cedo ou mais tarde uma deriva de "capitalismo selvagem" poder singrar por algum tempo.
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Visitei Cuba pela segunda vez,no final do mês passado.
Alguns sinais de descompressão e desenvolvimento, como a quase ausência dos grandes cartazes da "revolução", alguns edificios em reconstrução, lojas com produtos mais actualizados, embora só adquiridos com pesos convertíveis, mais viaturas recentes a circular, incluindo autocarros, a maioria de origem chinesa, contacto mais fácil com os turistas das mais diversas nacionalidades, que circulam livremente pelas ruas, etc,.
Quanto à interrogação, sim, julgo que tudo tarde demais, com consequencias de dificil prognóstico, correndo o risco de fazer regredir o que de positivo terá sido adquirido pelo seu povo.
Que continua simpático, educado, pobre, mas orgulhoso, mas também resignado ou remetido para uma vivencia triste e sem futuro, quanto mais vai conhecendo o mundo exterior.
Apesar de o bloqueio constituir um handicap fortíssimo, já só os mais idosos acreditam ser esse o "unico" obstáculo para o seu isolamento e empobrecimento.
O Estado, afinal as elites do aparelho, cerceia ou não promove a iniciativa dos mais capazes, que bem podia ser canalizada e estimulada, dentro de regras aplicadas progressivamente, em áreas e actividades que trouxessem, pelo seu esforço adicional, mais valias e riqueza a redistribuir.
E assim a transição podia ser feita sem os custos que, como diz, ""uma deriva de "capitalismo selvagem""" pode vir a trazer.
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Alguns sinais de descompressão e desenvolvimento, como a quase ausência dos grandes cartazes da "revolução", alguns edificios em reconstrução, lojas com produtos mais actualizados, embora só adquiridos com pesos convertíveis, mais viaturas recentes a circular, incluindo autocarros, a maioria de origem chinesa, contacto mais fácil com os turistas das mais diversas nacionalidades, que circulam livremente pelas ruas, etc,.
Quanto à interrogação, sim, julgo que tudo tarde demais, com consequencias de dificil prognóstico, correndo o risco de fazer regredir o que de positivo terá sido adquirido pelo seu povo.
Que continua simpático, educado, pobre, mas orgulhoso, mas também resignado ou remetido para uma vivencia triste e sem futuro, quanto mais vai conhecendo o mundo exterior.
Apesar de o bloqueio constituir um handicap fortíssimo, já só os mais idosos acreditam ser esse o "unico" obstáculo para o seu isolamento e empobrecimento.
O Estado, afinal as elites do aparelho, cerceia ou não promove a iniciativa dos mais capazes, que bem podia ser canalizada e estimulada, dentro de regras aplicadas progressivamente, em áreas e actividades que trouxessem, pelo seu esforço adicional, mais valias e riqueza a redistribuir.
E assim a transição podia ser feita sem os custos que, como diz, ""uma deriva de "capitalismo selvagem""" pode vir a trazer.
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