2008-02-20
O Caso: Casino de Lisboa
Há tempos que não "telespectava" a quadratura do circulo, porque ver muitas vezes cansa e chateia.
Três temas serviram hoje de mote: a entrevista de Sócrates, o caso do casino de Lisboa e as cheias.
Vou abordar apenas o casino e na óptica do que se disse na quadratura. Para mim, Pacheco Pereira apresentou-se como o mais descomprometido. Diz que não está esclarecido, que quer saber como se passou um património público para os privados, neste caso o Estoril Sol e, que não compreende como andam os dois governos do PSD/PP a empurrar um para o outro, a responsabilidade, embora dando a bicada em Lobo Xavier ao dizer que, tendo de haver responsabilidade do governo, esta trapalhada tinha sido manobra do PP. Lobo Xavier não gostou e insinua que o que está a transparecer para o público é que este facto é visto como um problema de corrupção e que, na realidade, se anda a empurrar uns para os outros mas na área do PSD e, de forma hábil, insinua que parece estar-se a proteger alguém, falando de passagem de Durão Barroso.
Este caso contém em si um problema grave: ninguém está esclarecido e acreditando na normalidade das coisas, houve aqui um atentado contra o património público.
Mas o que me espantou foi a posição de Jorge Coelho que claramente tomou posição pelos privados. Será esta também a posição do governo?
Não gostaria que o Estado português saisse deste proceso com o património mais reduzido, o que sinceramente depois desta quadratura fiquei sem grandes esperanças.