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2008-02-12

 

Timor de novo... nas primeiras páginas

...e mais uma vez por factos pouco abonatórios.

Não é só preocupante, mas é sobretudo muito nebuloso o que paira por detrás da política timorense. Alfredo Reinado foi um protegido de Xanana e de Ramos Horta e de grande utilidade na crise timorense de 2006. É interessante sobre esta confusão grave ler CINZAS E NEVOEIRO NA POLÍTICA TIMORENSE de Perez Metelo que conhece bem Timor.

Para Leandro Isaac, um ex-dirigente timorense, que esteve até há algum tempo com Reinado, este "ataque foi um acto de desespero" (vamos lá saber porquê (?)) mas é o mesmo Isaac que, numa entrevista ao DN, diz que na crise de 2006 ele (Reinado) era um mandado.

Comments:
De facto, o que se passa em Timor é incompreensível para a generalidade dos portugueses. Se recuarmos aos últimos tempos da ocupação indonésia e dos dias que se seguiram ao referendo, encontraremos um país mergulhado num clima de grande emotividade que os “media” souberam criar e explorar, com a ajuda, a partir de certa altura, do próprio Estado. Com o clima então reinante estavam reunidas as condições para que os portugueses não mais compreendessem Timor. Infelizmente este clima – e isso é que é o mais grave - tomou conta do próprio Estado. Quem não se lembra da Embaixadora “Passionária”, rendida aos encantos “guerrilheiros” de Xanana, do choro em público da mais alta figura do Estado e das loucuras despesistas protagonizadas por quem disse: “Para Timor não há limites, gasta-se o que for necessário!”? Daqui à irracionalidade do que a seguir se passou foi um pequeno passo que já ninguém conseguia impedir que fosse dado. E o que a seguir se passou foram as loucuras cometidas em matéria de cooperação, com dinheiro gasto a rodos, sem qualquer critério, sem controlo nem estratégia. Parecia que Portugal inteiro se queria redimir em Timor de uma descolonização mal conduzida em África, fazendo tudo o que estivesse ao seu alcance para apagar do imaginário colectivo o que foi (indevidamente) interiorizado como um falhanço histórico. Esta grande vitória simbólica dos colonialistas teve infelizmente o seu preço, tanto para o povo de Timor, como para Portugal. Para os timorenses, que, sujeitos a uma tutela internacional mal coordenada e com múltiplos e contraditórios interesses difusos, foram impedidos de crescer responsavelmente. Para Portugal, que nunca mais conseguiu acertar politicamente o passo em Timor. E assim se explica a sua nula influência na política timorense e a incapacidade de gradualmente se desligar de uma situação onde cada vez faz mais o papel de “figurante” enganado.
A política de Timor está, de facto, cheia de mistérios. O recente atentado é um deles. Como se explica que o grande defensor de Reinaldo tenha sido alegadamente alvejado por gente deste? E com se explica que Reinaldo tenha sido abatido antes de consumado o ataque a Ramos Horta? Mas há outros mistérios mais antigos de que já ninguém se lembra: quem se recorda hoje das declarações de Xanana proferidas depois da sua prisão pelos indonésios? Declarações transmitidas pela televisão…E quem se lembra hoje dos comentários que as essas mesmas declarações mereceram tanto de Álvaro Cunhal como de Mário Soares? Enfim, mistérios, muitos mistérios…
 
Mistérios, muitos,sim, dos seus dirigentes, feitos sobretudo com interesses australianos, mas não só.
 
É há muito tempo, uma história muitíssimo mal contada. O nosso desconhecimento é "vasto".
O "Reinaldo", como curiosamente lhe chama o nosso amigo anónimo, que até é dos que se interessam, teve o papel que tem qualquer joguete nas mãos dos "interesses". Serviu enquanto serviu, foi para o lixo quando deixou de servir.
 
Leandro Isaac sobre a entreviata que deu sobre Alfredo Reinado não quis explicitar de quem ele era mandado em 2006, alegando que traria muita confusão á confusão já instalada. No entanto dizia: um dia contarei.
João Abel de Freitas
 
Onde há petróleo e pretos, não há sossego!
Apontem-me apenas um exemplo que contarrie esta tese.
 
Sobre Timor, ainda não se contou tudo ou já se esqueceu muita coisa.
Parece não haver duvidas para quem trabalhava o Reinado ( que afinal teve um reinado curto)
Em 2006 o 1º ministro foi demetido por Xanana a "pedido" de Reinado, após um acordo de exploração de petróleo favorável a Timor feito por Mario Alkatiri.Já antes a Igreja andava a conspirar contra o 1º ministro.
Resultado disto tudo: Ramos horta Presidente e Xanana (que dizem que a mulher é agente dos serviços secretios Australianos) é 1º ministro sem ter ganho as eleições.
Os comunistas são afastados do poder e está o caminho aberto pra os grandes negócios com os Australianos.
Meus caros amigos ainda não foi dito uma palavra sobre o povo Timorense, esses sim verdadeiros martires que continuam a resistir.
 
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