2008-03-21
A França votou na esquerda.
Dez meses após a eleição de Sarkozy com 53% os eleitores franceses deram a maioria, 51%, à esquerda nas eleições cantonais que coincidiram com as autárquicas do passado fim de semana. Nas eleições que decorreram ontem 56 dos 101 departamentos Franceses elegeram presidentes de esquerda.
Hoje decorrem as eleições de grande parte dos presidentes das Câmaras Municipais, como se esperava Delanoë foi eleito presidente da Câmara Municipal de Paris e Gerard Colomb presidente da Câmara Municipal de Lyon.
Em 2007 Sarkozy conseguiu convencer a maioria dos Franceses que após 5 anos de governos RPR-UMP ele, presidente da mesma UMP representava uma ruptura com o passado e um programa de reformas. Menos de um ano depois a popularidade do presidente (medida pelas habituais sondagens) está em queda livre e as recentes eleições só vêm dar razão aos índices de popularidade. O que choca muita gente é serem sempre os mesmos a pagar o custo das reformas, primeiro suprimiram-se cerca de 20.000.000.000€ de impostos para os mais ricos (imposto sobre as heranças, imposto sobre a fortuna, etc), depois veio o presidente explicar que o estado não tem dinheiro e que nada pode fazer em relação à baixa do poder de compra. Entretanto foi explicando que para ganhar mais temos que trabalhar desmantelando aos poucos a lei das 35 horas.
A interpretação do partido no poder do resultado das eleições é, do meu ponto de vista, um excelente exemplo de autismo político, segundo o líder parlamentar do partido no poder os eleitores votaram na esquerda pois estão impacientes, ou seja é preciso continuar e acelerar as "reformas".
Hoje decorrem as eleições de grande parte dos presidentes das Câmaras Municipais, como se esperava Delanoë foi eleito presidente da Câmara Municipal de Paris e Gerard Colomb presidente da Câmara Municipal de Lyon.
Em 2007 Sarkozy conseguiu convencer a maioria dos Franceses que após 5 anos de governos RPR-UMP ele, presidente da mesma UMP representava uma ruptura com o passado e um programa de reformas. Menos de um ano depois a popularidade do presidente (medida pelas habituais sondagens) está em queda livre e as recentes eleições só vêm dar razão aos índices de popularidade. O que choca muita gente é serem sempre os mesmos a pagar o custo das reformas, primeiro suprimiram-se cerca de 20.000.000.000€ de impostos para os mais ricos (imposto sobre as heranças, imposto sobre a fortuna, etc), depois veio o presidente explicar que o estado não tem dinheiro e que nada pode fazer em relação à baixa do poder de compra. Entretanto foi explicando que para ganhar mais temos que trabalhar desmantelando aos poucos a lei das 35 horas.
A interpretação do partido no poder do resultado das eleições é, do meu ponto de vista, um excelente exemplo de autismo político, segundo o líder parlamentar do partido no poder os eleitores votaram na esquerda pois estão impacientes, ou seja é preciso continuar e acelerar as "reformas".
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E como foi recebida a notícia da vitória da Alda de Noisy-le-Sec. É verdade que é apresentada como prova de sucesso da "integração" do modelo francês?
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